Venom - Crítica



            Mais de uma década após aparecer de maneira vergonhosa em Homem Aranha 3 do diretor Sam Raimi, o simbionte Venom ganha a oportunidade liderar uma aventura solo nos cinemas, infelizmente essa aventura não se equipara aos muitos longas de sucesso baseados nas historias da Marvel Comics, o filme protagonizado por Tom Hardy se equipara muito mais aos fracassos de Quarteto Fantástico, Justiceiro e Motoqueiro Fantasma, mas não deixa de ser um novo “guilty pleasure” para os cinéfilos de plantão.

            No filme Eddie Brock (Tom Hardy) tem seu próprio veiculo de comunicação, e é um repórter bem intencionado, procurando por um novo furo de reportagem, ele vai atrás da corporação Fundação Vida para entrevistar Carlton Drake (Riz Ahmed) CEO da empresa, sobre os perigosos experimentos realizados sobre cobaias humanas, nessa primeira tentativa tudo da errado, custando ao repórter a entrevista e a relação amorosa com a namorada Anne Weying (Michelle Williams).


            Meses após o ocorrido, Eddie se encontra rejeitado e desempregado, mas consegue uma nova pista relacionada as misteriosos experimentos científicos da Fundação Vida, mas desta vez ele descobre que os estudos tem haver com o efeito de simbiontes alienígenas em  contato com o organismo humano, quando ele invade o laboratório onde ocorrem os testes, é pego de surpresa e acaba sendo tomado pelo simbionte Venom, consequentemente ganhando superpoderes, enquanto é perseguido pelos seguranças de Drake, que querem o alienígena de volta, Eddie tem que conseguir conciliar a sua relação com o parasita do espaço se quiser sobreviver e por um fim nos planos maléficos do vilão.

            O ponto mais alto do filme que deve ser aplaudido de pé, obvio que é a atuação do ator Tom Hardy, se no inicio da projeção a suas escolhas cênicas parecem parecem caricatas (e são mesmo) e fora de sintonia com o restante do filme que tem um tom mais sério, mas é no momento que o personagem é tomado pelo simbionte que vemos a qualidade interpretativa do ator que entrega completamente aquele personagem e aquela história, e deixa muito claro a sensação de que está se divertindo no papel de anti-herói.


            Em seus melhores momentos Venom surpreende como uma comédia no estilo Um Espirito Baixou em Mim, com Eddie e Venom disputando pelo controle do corpo que habitam de formas cada vez mais sem noção, sendo ambos interpretados por Hardy, que consegue equilibrar de maneira dinâmica e divertida que rende risos intencionais, a relação afetiva desenvolvida entre homem e parasita alienígena é curiosa o suficiente para despertar o desejo por uma continuação.

            Venom é um filme de trama insossa, datada, suas cenas de ação são bagunçadas e parte do elenco não tem muito o que fazer com o péssimo material lhes dado, com um protagonista entregue por completo e se divertido com as loucuras e bobagens impostas a ele fazem o filme ser interesse dando a produção um valor de entretenimento não imaginado, se por algum motivo o filme ter algum sucesso e ganhar uma sequência, o mérito todo será do ator britânico Tom Hardy.




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