Essa época do ano os cinemas ficam
recheados de filmes americanos com temáticas que envolvem o Dia de Ações de
Graça, Natal e Réveillon, muito no embalo das decorações dos shoppings e de
muitas das maiorias das casas ao redor do mundo com arvores de natal e luzinhas
a espera do bom velhinho, sempre com uma premissa mais cômica e mais família. É
nessa batida que esta nos cinemas Pai em Dose Dupla 2 colocando seus
protagonistas em uma aventura natalina tentando fazer o mesmo sucesso que o
filme anterior obteve nas bilheterias.
Dito isso a produção nos faz lembrar
muito daqueles especiais de natais das emissoras de televisão, usando esse
clima de união e família para colocar seus personagens em uma série de
situações engraçadas, na tv esses episódios especiais servem para dar um
frescor naquilo que se via semanalmente, se as aventuras dos humorísticos já
eram interessantes, no natal elas ganhavam um tom mais especial, muito vez mais
longa que os episódios normais é disso que o filme se utiliza para desenvolver
sua narrativa.
O filme mostra Brad (Will Ferrel) e
Dusty (Mark Whalberg) vivendo em completa harmonia e compartilhando
perfeitamente a atenção dos filhos/enteados, agora Dusty além de seus filhos
que vivem com Brad e sua ex-mulher, também tem sua própria enteada, assim como
outro homem que além de padrasto também se torna pai. Nessa estabilidade
familiar conquistada após o final do primeiro filme dois eventos marcam uma
profunda alteração na ordem das coisas, a aproximação do natal e a também chegada
dos pais dos protagonistas.
É na relação de convívio entre o
quarteto de pais que o filme se sustenta, Mel Gibson interpreta Kurt Mayron pai
de Dusty, e John Lithgow vive Jonah Whitaker o pai do Brad, enquanto a relação
de Brad e seu pai é mais amorosa e carinhosa até demais, Dusty e Kurt nunca se
deram bem. As situações criadas por Kurt para mostrar que aquela harmonia entre
homens completamente diferentes é o motor da trama e criando o fator humor do
filme.
A questão aqui é que ao longa da
projeção as piadas vão se repetindo, e as situações vão ficando cada vez mais
exageradas para forçar de qualquer forma a gargalhada do publico. O filme é uma constante narrativa cômica que
coloca em lados opostos a masculinidade e o sentimentalismo como se fosse dois
fatores que não podem estar presentes em um mesmo ser humano, o grande problema
do filme é que o roteiro de Sean Anders (Quero Matar Meu chefe 2, 2014) e John
Morris (Família do Bagulho, 2013) recheia o filme de cenas exageradas e piadas
poucas delas realmente engraçadas e isso vai fazendo com que o filme perca
graça, cabe aos atores fazer humor físico, brigando entre si, fazendo piadas de
humor negro e ladeira a baixo.
Pai em Dose Dupla 2 é um especial de
Natal passa rápido, tem momentos divertidos, mas sem nenhum interesse tão
grande como a de quem acompanha toda a temporada de uma série, fica a sensação
de que até o natal realmente chegar no dia 25 de Dezembro será muito difícil lembrar
da produção, e sem a chegar nem perto do sucesso que o primeiro filme teve com
a boa química entre os protagonistas que aqui se perde por completo ao longo da
projeção, a chance de esquecermos quem
são Dusty e Brad é bastante grande ao final de um filme que não entregou nada
demais.
Comentários
Postar um comentário