O Assassino: Primeiro Alvo - Critica



            O cinema hollywoodiano adora uma franquia em potencial e isso não é segredo pra ninguém, com O Assassino: Primeiro Alvo (American Assassin), não é diferente, mas talvez a chegada da produção se deu muito depois do estouro dos heróis urbanos, como Jack Reacher, Jack Ryan, James Bond e Jason Bourne, talvez o mais curioso do filme seja o retorno de Dylan O’Brien a grande tela após um grave acidente nos bastidores de seu filme Maze Runner, a Paris Filmes me convidou para assistir e o filme e eu te conto abaixo a minha opinião.


            A trama conta a historia de um atentado terrorista islâmico que acaba por matar a namorada do protagonista Mitch Rapp (O’Brien) justamente no dia em que ele a pediria em casamento, movido por um sentimento de vingança ele entra no serviço secreto americano para combater as atrocidades que aterrorizam o pais, em sua primeira missão ele tem o auxilio de um veterano agente chamado Stan Huerley (Michael Keaton) e pela agente Anikka (Shiva Negar) ação essa que consiste em investigar as origens de testes radioativos que indicam para uma bomba atômica, o principal suspeito é o serviço secreto iraniano, embora o pais tenha assinado um tratado sobre a questão com os americanos prometendo interromper seus testes atômicos. Mas para que possa ajudar durante a investigação Rapp precisa aprender a ter sobriedade e frieza durante suas missões e nunca em hipótese alguma deixar que a situação penda para o lado emocional, pois isso o levaria a hesitar.


            O roteiro de Stephen Schiff (Wall Street, 2010), Edward Zwick e Marshal Herskovitz (Jack Reacher, 2016) e Michael Finch (Hitman, 2015) é bastante frio e por vezes beira o Islamofobico (Aversão ao islão ou a quem é de origem islâmica) o cenário politico descrito no filme com grupos de uma nacionalismo radical dando as caras com gritos xenófobos e racistas, parecem dar peso a escolha do publico alvo da produção, que busca manter os dois pés fincados em um conservadorismo dito americano que em sua maioria não existe mais. Os erros do filme são acumulativos ao longo da projeção com esse roteiro cheio de incoerências narrativas para forçar uma fluidez aparente na narrativa vazia, as cenas de ação são ruins, as falas são repletas de clichês irritantes, mal escritas e parece não sair da boca dos atores, é ridículo ver como o longa utiliza de formulas genéricas já vistas em filmes do gênero como muleta para construção de historia, o resultado disso é que a trama não empola, você não cria vínculos com os personagens, tornando apática e desinteressante toda a narrativa que se tenta desenvolver.


            Michael Cuesta diretor do interessante O Mensageiro de 2014, força a historia de maneira desagradável, ficando completamente repetitiva redundante e com diálogos desinteressantes e nada importantes, a cada momento parece que se cria uma faísca para cenas de ação que perduram em uma quantidade gigante ao longo do filme, a narrativa em nenhum momento tenta criar uma empatia como o expectador, para que embarquemos na jornada do herói pelo seu objetivo de vingança, tudo acontece na tela de maneira fria, genérica e confusa, sem muita explicação bastante forçada e extremamente vazia .


            O Assassino: Primeiro Alvo é um que tem bons momentos do diretor onde a ação é bem coreografada, fotografia conversando com as cenas, mas nada original tudo muito protocolado, frio e robótico sempre seguindo formulas e modelos de cena de filmes já vistos, o que resta ao filme é uma sensação amarga de ter assistido uma propaganda justificando o imperialismo estadunidense a partir da demonização e representação do povo islâmico como grande vilão do mundo pintando uma historia de que de lá sairá todo o mal que destruirá a pureza que existe na sociedade.


Comentários

  1. Ele me entreteve muito, a história parecia excelente e Michael Keaton conseguiu um papel mais do que bom. Ele sempre surpreende com os seus papeis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções. Fome de poder é um dos seus filmes mais recentes e foi, na minha opinião, um dos melhores filmes baseadas em fatos reais que eu vi. O filme superou as minhas expectativas, o ritmo da historia nos captura a todo o momento. Além, acho que a sua participação neste filme drama realmente ajudou ao desenvolvimento da história.

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