A segunda temporada de The Man In
The High Castle terminou de uma forma estranha para os fãs da aclamada produção
da Prime Video, permitindo que os espectadores imaginassem inúmeras possibilidades
sem pé nem cabeça em forma de teorias conspiratórias sobre vários personagens
que nem sempre agiam como estávamos acostumados. A Prime Video Brasil, nos
enviou a terceira temporada completa com dez episódios de uma hora quase e felizmente
podemos informar que a produção consegue retornar no rumo correto e nos faz
lembrar os motivos de termos nos envolvidos de forma tão profundo com esses
personagens e nesses universos paralelos apresentados.
Uma das tramas mais interessantes da
ultima temporada era sobre como o Ministro Tagomi (Cary-Hiroyuke Tagawa) e a
sua descoberta sobre cruzar os mundos e poder visitar uma versão de sua nora Juliana
Crain (Alexa Davalos) mas faltava desenvolvimento aquela trama e o que
conectava a vida do Ministro e da sua versão no mundo em que acabará de
descobrir. A nova leva de episódios faz um trabalho admirável de pular diretor
na ideia de realidades alternativas quase que forma imediata. Claro que uma grande
parte disso tem a ver com a irmã de Juliana, Truddy (Connor Leslie) que
apareceu no final da segunda temporada, nos vídeos promocionais da série que
mostram John Smith (Rufus Sewell) conversando com um doutor alemão sobre a possível
existência de outros mundos, já despertavam a curiosidade e ao longo da
temporada se torna o elemento mais interessante pela curiosidade de ver as
formas como os mundos podem se cruzar.
A produção consegue com muita inteligência
elaborar a Zona Neutra cultural que é explorada ao longo com detalhes,
desenvolvendo e criando um grande contraste com o regime totalitário no Estado
Pacifico e o Reino Americano. Wyatt Price um novo personagem interpretado por
Jason O’Mara nos ajuda a lembrar que a desejo de encontrar um local onde possam
encontrar liberdade, vem com um preço que inclui condições de vida improvisada
e uma terra sem lei, mas com inclusão de uma segunda trama envolvendo os
contrabandistas Robert Childan (Brennan Brown) e seu assistente Ed McCarthy (DJ
Qualls) adiciona como sempre um nota de emoção e carinho necessária.
Apesar dessas melhoras comparada a
ultima temporada, a terceira temporada de The Man In The High Castle não é
perfeita, mesmo que as politicas mudias sejam diminuídas consideravelmente,
focando em historias mais imediatas, como o Estado Pacifico como um regime
ocupado continua sendo pouco definido, com sua rotação de liderança fora do
Ministro Tagomi e o do inspetor Kido (Joel de la Fuente), com o Reino
Americano. As estratégias da resistência parecem trocar lados as vezes rápido demais ou tentativas de
mais de ofusca-las, pelo menos em um primeiro momento, porém a troca de “showrunners”
de uma temporada para outra, poderia ser uma forma de culpar essa inconsistência
e o todo, mas a nova visão da produção é encorajadora, especialmente quando
retorna a série ao que fez dela um sucesso em sua temporada de estreia.
Maratonas a terceira temporada de
The Man In The High Castle pode ser meio pesado, mas para aqueles que gostam de
histórias dramáticas emocionalmente envolvendo mundos paralelos e tramas
alternativas, a nova temporada é sopro fresco para uma produção que precisava
encontrar seu caminho, após um final de temporada passado ruim, tem algumas
boas surpresas na primeira metade da temporada e o elenco principal se mostra
melhores e ainda mais confortáveis em seus papeis, graças a um roteiro muito
bem escrito e desenvolvimento de personagens feito de maneira impecável, se
você ainda não assistiu essa série vale a pena dar uma chance, pois
definitivamente vai valer a pena cada minuto investido nessa produção.
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