Rampage: Destruição Total - Crítica



            Os filmes baseados em videogames ainda não tiveram uma adaptação cinematográfica que consiga chegar aos pés da material base, com Rampage: Destruição Total chegou aos cinemas com as costas marcadas com um alvo pronto para receber tiros de todos os lados em forma de criticas dos fãs do jogo de árcade, nessa batida o filme se afasta muito de sua inspiração, mas parece falhar e acabar entrando na lista de filmes baseados em jogos que não conseguem adaptar de forma interessante o material em que esta se baseando.

            Sinopse: Davis Okoye é um primatologista (Dwayne Johnson), um homem recluso que compartilha um vínculo inabalável com George, um gorila muito inteligente que está sob seus cuidados desde o nascimento. Quando um experimento genético desonesto é feito em um grupo de predadores que inclui o primata, os animais se transformam em monstros que destroem tudo em seu caminho. Agora Okoye tenta conseguir um antídoto e impedir que seu amigo provoque uma catástrofe global.



            O diretor do filme Brad Peyton, não consegue em nenhum momento sair do básico, deve se levar em conta que suas cenas de ação são excelentes, o que já é bastante para os dias de hoje, onde as cenas sofrem cortes demais e se utilizam CGI em excesso, mas mesmo esse seu básico as vezes chega a ser mediano na hora de posicionar a câmera, em um dos momentos no longa o diretor faz uso de um dos piores utilizações de câmera de ação GoPro que já passou pelas telas de cinema, tecnicamente o elogio que pode ser dado a produção, fica para o design das criaturas, trabalho de gente grande.

            O filme faz bem em tomar a decisão de não adaptar seus personagens ao pé da letra, já que no jogo os monstros são antropomórficos, assim as criaturas ficaram mais reais na medida em que a projeção se desenrola. A explicação da metamorfose foi muito bem utilizada e isso possibilitou que as criaturas fossem mais do que apenas bichos gigantes, os monstros são incríveis.


            O roteiro de Carlton Cuse (San Andreas, 2015), Ryan J. Condal (Hércules, 2014) e Adam Sztykiel (Um Parto de Viagem, 2010) é uma pilha de clichês, o que no inicio não incomoda, mas com o passar do tempo, quando o longa resolve se levar a sério, dentro de uma direção sem inspiração o filme acaba ficando chato e se perde na sua obviedade de piadas requentadas, e busca no carisma do protagonista interpretado por The Rock uma forma de sustentar, o que não é suficiente.

            Rampage: Destruição Total é mais uma adaptação de videogames que não da certo, com um roteiro batido, uma direção simplista, e historia arrastado o filme tenta se escorar no charme e simpatia de seu ator principal para dar certo, mas com o passar da projeção o cansaço pelo excesso de cenas de ação gigantescas e efeitos especiais grandiosos e muito bem feitos diga se de passagem, mas que não são suficientes para salvar o longa de ser mais uma aventura de ação esquecível.



Comentários