Um filme baseado em livro escrito por um escrito fanático
pelos trabalhos de Steven Spielberg, um diretor que depois de tantos bons
dramas indicados ao Oscar e não levar nenhum pra casa, precisava voltar pro gênero
que lhe alçou a super gênio da ficção cientifica, Jogador N°1 é uma produção
praticamente feita a mão para o talento e experiência de Spielberg, que prova
por a+b que nunca deixou de ser o diretor que nos deixa na beira da cadeira do
cinema, impressionados pelas sua visão de mundo surreal e imaginativa.
Sinopse: “Num futuro distópico, em 2044, Wade Watts (Tye
Sheridan), como o resto da humanidade, prefere a realidade virtual do jogo
OASIS ao mundo real. Quando o criador do jogo, o excêntrico James Halliday
(Mark Rylance) morre, os jogadores devem descobrir a chave de um quebra-cabeça
diabólico para conquistar sua fortuna inestimável. Para vencer, porém, Watts
terá de abandonar a existência virtual e ceder a uma vida de amor e realidade
da qual sempre tentou fugir”.
Estamos em Columbus, Ohio, o ano é 2045. Nesse local
encontramos o jovem Wade, que se vê preso a um mundo distópico onde ao invés de
resolverem os problemas que estão ao seu redor, as pessoas apenas sobrevivem a
eles, morando sob o mesmo teto de sua tia Alice (Susan Lynch), e constantemente
sendo vitimas dos parceiros amorosas dela, o garoto encontra a fuga desse
ambiente inóspito na realidade virtual de OASIS.
James Halliday (Mark Rylance) uma designer trilionário responsável
pela criação do ambiente virtual morre, e com a sua morte desencadeia uma busca
incansável de milhares de jogadores ao redor do mundo para encontrar os easter
eggs que ele havia espalhado no jogo, três chaves que darão a quem encontra-las
acesso aos seus ganhos incalculáveis, porem para que isso aconteça, Wade conta
com a ajuda de seu amigo Aech (Lena Waithe) e de Art3mis (Olivia Cooke) uma
jovem destemida que conhece em suas partidas no jogo, criando um laço cibernético
que evolui para uma paixão real.
O roteiro assinado por Zak Penn e Ernest Cline autor
livro, sabe utilizar bem as peças que tem a disposição, utilizam a imagem do vilão
com maestria na condução narrativa a cada maldade ou decisão desumana e covarde
que Nolan Sorrento (Bem Mendelsohn) planeja vai de encontro a uma enxurrada de
operações maléficas, quase sempre executadas por terceiros, levando o
espectador a não dar muita importância, pois mais explicita que seja essa
demarcação de bem e mal, competência da excelente profusão de componentes que
são inseridos na historia.
Um filme em que os limites de que é real esbarram na capacidade de imaginar, a inserção de
musicas dos anos 80 se integra a narrativa com tamanha naturalidade que parecem
ser originais, feitas sobre encomenda para essa produção. As referencias a
cultura pop são maravilhosas, e fazem carinho ao coração cinéfilo, Stanley
Kubrick e seu Iluminado (1980) são uma fase do jogo, os diálogos fazem
referencia ao Clube dos Cinco (1985), Curtindo a Vida Adoidado (1986) e uma rápida
menção a Robert Zemeckis diretor da
trilogia De Volta Para o Futuro, que tem seu sobrenome vinculado a um cubo que
tem como função uma volta no tempo de alguns segundos.
Jogador N°1 é à volta pra casa de Steven Spielberg, que
familiarizado com esse tipo de narrativa faz da nostalgia a sua aliada, não
apenas dos easter eggs, mas da essência que enobrece o filme e toca os
distintos estagio de composição em seu estado mais puro, deixando claro o
quanto o diretor foi feito para esse tipo de material base, é nostálgico voltar
ao passado e aquecer o coração com a quantidade de referencias no filme, e
explodindo a mente com a capacidade de tecer uma linha tão fina entre
imaginação e realidade, que ao longa da projeção é quase impossível dizer o que
é real e o que OASIS.
É uma boa opção para uma tarde de filmes. Adoro os filmes de suspense, Ready Player One realmente teve um roteiro decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem. A participação de Mark Rylance foi meu favorita, ele é um ótimo ator, e fez um trabalho excepcional e demonstrou suas capacidades, é um filme que vale muito a pena ver. Recém o vi em Dunkirk, é incrível. Christopher Nolan como sempre nos deixa um trabalho de excelente qualidade, sem dúvida é um dos melhores diretores que existem, a maneira em que consegue transmitir tantas emoções com um filme ao espectador é maravilhoso. O filme Dunkirk tem um roteiro maravilhoso. É um filme sobre esforços, sobre como a sobrevivência é uma guerra diária, inglória e sem nenhuma arma. Acho que é um dos melhores filmes de ação. É uma produção que vale a pena do principio ao fim. É um exemplo de filme que serve bem para demonstrar o poder do cinema em contar uma história através de sons e imagens, que é, diga-se de passagem, a principal característica da sétima arte.
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