A missão do mercenário tagarela agora do universo X-Men, é uma das mais difíceis
da temporada de verão americano, primeiro manter o nível de qualidade e verossimilhança
com os quadrinhos e se possível eleva-lo, Deadpool 2 traz novos acertos e
graças ao imenso sucesso da primeira investida surpresa nos cinemas, um
orçamento maior, mas infelizmente o roteiro comete novos e velhos equívocos.
Sinopse: “Deadpool (Ryan Reynolds) está de volta maior,
melhor e mais engraçado do que nunca. Quando o super-soldado Cable (Josh
Brolin) chega em uma missão assassina, o mercenário precisa aprender o que é
ser herói de verdade, recrutando pessoas poderosas, ou não, para ajudá-lo”.
Se o primeiro filme estrelado por Ryan Reynolds foi um
marco ao trazer para as telas de cinema um filme sangrento e extremamente
escrachado pela primeira vez no universo dos super-heróis, Deadpool 2 não deixa
em nada a desejar nesses quesitos. A violência está espalhada por todo o filme,
mas com um destaque especial para as cenas inicias, a produção acerta nesse quesito
ao tratar de maneira “sutil” a violência exposta no longa, enquanto membros e
sangue voam pela tela, isso chega a ser somente um plano de fundo e o filme não
tenta se manter somente pela violência.
O longa faz de tudo para agradar o seu público, e nesse
ponto, ele se perde da mesma maneira como aconteceu no primeiro filme, apesar
de as piadas como genetalias ditas de forma gratuitas terem sido diluídas ao
ponto de quase não existirem, o que é um alivio imenso, o filme se prende
apenas em humor de referência e piadas que devem sim arrancar boas e longas
risadas da audiência, o humor assim como o roteiro é um tanto quanto
preguiçoso, prova de que o filme não deveria ser levado a sério em hipótese alguma.
Quando o filme tenta se levar a sério, nas cenas em que
envolvem os personagens Deadpool (Reynolds) e Vanessa (Morena Baccarin) vemos
um filme que tenta sair do seu próprio clima, mas não consegue entregar cenas
por completo, pois fotografia e trilha sonora acabam por mostrar um clima
distante do resto do longa, a premissa da produção até que é boa, assim como a
do filme anterior, e seu desenvolvimento seria muito melhor se o humor tivesse amadurecido
junto a narrativa.
O diretor David Leitch (Atomica,2017) parece não
encontrar aqui seu melhor trabalho, tem muita dificuldade em elevar o nível do
excelente filme anterior que teve a direção de Tim Miller, mas as cenas de ação
conseguem encontrar um interessante equilíbrio entre o gore e o engraçado, mas
algumas devem incomodar aos olhos mais sensíveis, já que a movimentação e os
cortes acabam dificultando o entendimento da poluição visual que é inserido na
tela gigante de cinema.
Deadpool 2, consegue expandir seu universo de maneira
divertida e disfuncional como esperado, tem na impecável interpretação do ator
Josh Brolin (Cable) um dos grandes destaques positivos, mas o grande trunfo do
filme continua sendo a metalinguagem que o protagonista consegue fazer consigo
mesmo e com tudo e todos ao seu redor, a quebra da quarta parede está mais
sofisticada em alguns momentos, ou seja aqueles que gostaram do primeiro filme
devem gostar e talvez gostar muito mais da sequência, mas o espectador que não
entrar no clima da brincadeira sem limites, provavelmente não conseguirá curtir
esse filme.
É um filme bom e muito interessante, sinto que história é boa, mas o que realmente faz a diferença é a participação de T.J Miller neste filme. Eu o vi recentemente em a jogador no 1 filme, você viu? A participação da atriz foi fundamental. Adorei, pessoalmente eu acho que é um filme que nos prende. A historia está bem estruturada, o final é o melhor! Sem dúvida o veria novamente, se ainda não tiveram a oportunidade de vê-lo, eu recomendo. Cuida todos os detalhes e como resultado é uma grande produção.
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