Com Amor Simon - Crítica



O medo de não ser aceito, por aquilo que você é, esse é o foco principal em desenvolvimento ao longo do filme Com Amor Simon,  viver com o peso de aguardar a aprovação dos outros é a certeza de um vazio imenso internamente, ainda mais quando o outro consiste em ser a sua família e seus melhores amigos, a situação adquire uma configuração diferente, mas o diretor Greg Berlanti soube preservar os signos do que é ser adolescente, ao mesmo tempo em que optou por trafegar por caminhos pouco usuais em filmes de amadurecimento, revelando o seus protagonistas, de maneira tão delicada e adorável quanto o restante da produção vista nos cinemas.

Sinopse: “Aos 17 anos, Simon Spier (Nick Robinson) aparentemente leva uma vida comum, mas sofre por esconder um grande segredo: nunca revelou ser gay para sua família e amigos. E tudo fica mais complicado quando ele se apaixona por um dos colegas de escola, anônimo, com quem troca confidências diariamente via internet”.



Adaptação do livro Simon Vs. A Agenda Homo Sapiens da autora Becky Albertalli, o filme nos apresenta aos estudantes do perfeito colégio Creekwoof, local frequentado por Simon, e seus amigos Leah (Katherine Langford), Nick (Jorge Lendeborg Jr.) e Abby (Alexandra Shipp), que em meio a correria cotidiana, mal podem imaginar que Simon vive um dilema interno que tem o consumido, mas que em pouco tempo se tornará assunto entre todos na escola.

Na era em que vivemos do uso desenfreado das redes sociais, falar sobre privacidade até certo ponto se torna questionável, visto que é um ambiente onde existe uma linha muito fina entre o que é publico e o que é privado. A produção pega carona nesse assunto, desde quando discute a questão da propagação de noticias, e mostrando o alcance que um simples blog de colégio pode ter e a sua eficiência em disseminar fofocas, até o momento em que exibe uma situação que expõe alguém de maneira vexatória, que segundos após se torna motivo de piada entre todos nas redes sociais.


O roteiro escrito por Elizabeth Berger e Isaac Aptaker (Série This Is Us) conseguem  no decorrer da narrativa injetar um ritmo envolvente a narrativa, investindo em um humor direcionado a personagens como Mr. Worth (Tony Hale) vice-diretor da escola usuário do aplicativo Tinder para marcar encontros românticos, reservando também algumas tiradas hilárias a Ms. Albright (Natasha Rothwell) uma professora de teatro com um senso critico afiadíssimo, além de não ter papas na língua ao exibir o seu desconforto diante das atitudes de alguns estudantes.

Com Amor Simon, é um filme que conta com um elenco extremamente carismático, que juntos carregam a trama e ajudam a alimentar e sustentar a narrativa simples mais muito divertida de ser assistida, a sua forma de contagiar não se deve somente a isso, mas por também ser um sopro de encorajamento frente as dificuldades que podemos encontrar ao aceitarmos e nos amarmos por quem somos, tornando-se uma produção que explana a respeito do amor próprio, respeito as diferenças e aceitar a diversidades de seres humanos que existem ao nosso redor, mas acima de tudo investe na busca pelo AMOR como um sentimento que une, fortalece e é preciso ser compartilhado para que o maior numero de pessoas possam experimentar a linda sensação de ser Amado.



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