Viva: A Vida é Uma Festa - Crítica



Viva: A Vida É uma Festa é a aposta da Pixar/Disney para a temporada, mais do que isso, significa a busca por um título que saia do lugar comum das simples sequências, caso de Carros 3 e Procurando Dory, há claramente aqui um filme que almeja em diversos sentidos retomar o posto da Pixar como um nome que remete à criatividade dentro da indústria, algo que pareceu ter chegado a seu ápice com seu Divertida Mente, mas já conquistado com a trilogia Toy Story, Up – Altas Expectativas e Wall-E. Viva: A Vida É uma Festa é claramente uma tentativa de fazer mais um filme que entre para o hall de grandes filmes da produtora.



            O filme se passa em um pequeno vilarejo focando nas festividades dos dias dos mortos, uma das mais famosas tradições daquele país, o filme conta a historia do jovem Miguel (Anthony Gonzalez) que pertence a uma famosa família de sapateiros, porém o garoto não deseja seguir os passos do restante dos familiares, almeja ser um grande musica, quando sua tataravó foi abandonada por um homem que desejava seguir sua carreira, deixando um trauma eterno naquela família, desprezando as tradições e sua própria família, acaba parando no mundo dos mortos e busca por seu antepassado musico que ele crê ser um cantor famoso do México.


            Cheio de luzes e cores, aquele outro mundo tenta não ser apenas fruto de um surrealismo local, como esses aspectos técnicos remetem, mas tenta fazer uma conexão com o mundo real, algo que de alguma maneira sempre está nos filmes da Pixar, onde as piadas estão justamente em deslocar acontecimentos humanos para um mundo outro, ou seja, mostrar a burocracia no mundo dos mortos, a polícia de lá, a imigração quando podem passar para o mundo vivo, ou quando precisam declarar suas oferendas para regressar ao seu mundo e assim por diante.

            Talvez o ponto mais alto do novo filme da Pixar, que aqui propõe uma aula de narrativa clássica a partir de um roteiro muito bem trabalhado e amarrado pelos roteiristas Matthew Aldrich (Evidencias de Um Crime, 2007) e  Adrian Molina (Livro Toy Story 3, 2007), que conta bem sua história e prende a atenção de seu público. Como já dito, a premissa é algo já visto, mas o roteiro trata isso com bastante segurança, uma história concisa que sempre gira em torno dessa relação da família e da música, o filme começa com a separação de um homem e uma mulher e de uma família com o elemento musical, e isso vai ser o que será resolvido.


            Viva: A Vida é Uma Festa é uma produção onde texto e imagem funcionam em perfeito equilíbrio, com um ato final repleto de emoção, onde os conflitos  paixões de uma família inteira vem a tona, mostrando a verdadeira força daquele conto sobre vida após a morte, a relação criada entre aqueles dois mundos e o forte vinculo do roteiro com o espectador fazem desse filme algo extremamente sublime e delicado, um sopro de ar fresco entre as animações da Pixar que celebra a cultura de um outro pais de forma coerente e emocionante. 


Comentários

  1. O background que comporta o ódio da família de Miguel pela música – o abandono de seu tataravô – podia ser um item revelado ao longo do enredo, e não em seus primeiríssimos minutos, apesar do visual remetente à cultura do México. Ademais, muito provavelmente o filme mudará, nem que seja um pouco, conceitos que temos sobre vida, morte, memória e saudade. Amei este filme para crianças, também recomendo O que Será de Nozes é um dos melhores filmes para crianças filme muito divertido e obviamente como a maioria dos filmes animados tem uma mensagem muito linda, não se sei se você teve chance de ver, juro que vale muito a pena ver, por que apesar de que é uma historia feita completamente para crianças, sente que esta muito bem adequada para que qualquer membro da família possa ver e ficar encantado com a história.

    ResponderExcluir

Postar um comentário