The End Of The F***ing World - Crítica


            Com uma trama que apresenta uma narrativa original e bastante inventiva sobre um relacionamento amoroso entre dois adolescentes, The End Of The F***ing World a nova série da Netflix não somente é sobre o a florescer dos sentimentos, mas como ele é nutrido envolto em um humor cínico, divertido, estranho e macabro.
            “James (Alex Lawther) ainda não sabe, mas está prestes a mudar de vida com a chegada de uma garota nova no seu colégio. Assim como ele, a novata Alyssa (Jessica Barden) também tem problemas em se relacionar com outras pessoas e se vira muito melhor sozinha. Aos olhos alheios, são apenas dois adolescentes estranhos, para eles, trata-se da parceria perfeita.”



            Com coragem até mesmo no titulo a série conta a historia de um romance peculiar entre esses dois adolescentes feridos pela vida que levam e pelas pessoas que os rodeiam, procuram formas do jeito deles de sentir alguma coisa, que eles ainda não têm ideia o que seja que queiram sentir, a série acerta e muito ao escolher uma narração dupla, nós ouvimos os pensamentos dos dois jovens, revelando uma sensível incoerência juvenil, principalmente nos momentos em que eles procuram saber o que dizer e falam o oposto do que estavam pensando.

            Em uma busca constante de ter um catalogo cada vez mais diverso e variado, a Netflix procura uma linha editoria coerente e inteligente na compra de séries prontas de outros canais, produzida e exibida pelo Channel 4 da Inglaterra, a série chega ao cataloga do canal por streaming  para injetar força na sessão “jeito fofo de falar de coisa série” que vem sendo trabalhado com muito sucesso, rende mídia e no fundo faz discutir algumas coisas interessantes.


            O foco da série não ser focado em falar sobre temas sérios, a psicopatia autodiagnosticada aqui serve apenas como um desenho metafórico para o vazio que aqueles dois personagens centrais carregam e que somente será preenchido com o desenvolvimento do relacionamento e os sentimentos que um sente pelo outro.


            O humor britânico de não é pra todo mundo, isso não é novidade, mas toda a esquisitice apresentada em The End Of The F***ing World é tão bem feito que fica difícil não reclamar dos curtos episódios que  tem entorno de 18 a 22 minutos, são episódios tão pequenos que fica a sensação de estar vendo um filme dividido em oito partes, é leve de assistir e o tempo passa sem que você perceba, existe no ar aquela sensação estranha que só uma serie britânica é capaz de nos proporcionar, com uma fotografia impecável e uma trilha sonora viciante a série surpreende dentro da vasto catalogo da gigante por streaming Netflix.      


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