Sobrenatural: A Última Chave - Crítica


                O gênero de terror nos últimos tempos tem sentindo uma evolução na qualidade de suas produções pela exigência dos espectadores que cada vez mais estão pensando em que decidem investir seu tempo vago e dinheiro, por mais apaixonados que o publico consumidor de terror seja, sempre há aquela certeza de que é um gênero muito subestimado pela indústria sendo visto em muitos casos como uma mera forma rápida e de bom retorno financeiro, nesse rumo de filmes de baixo custo que arrecadam muito chega aos cinemas, Sobrenatural: A Última Chave, quarto filme da franquia de terror criada pelo aclamado diretor James Wan.

            “Neste quarto filme da franquia Sobrenatural, a doutora Elise Rainier (Lin Shaye) é chamada para resolver o caso de uma assombração no Novo México, localizada justamente na casa em que ela passou a infância”.



            A produção chega ao seu quarto capitulo, ganhando ao longo dos anos títulos e mais títulos em algo que parece não ter a vazão que seus produtores buscam, nisso o que se pode ver na serie foram tentavas e mais tentativas de chamar a atenção do espectador e aguçar sua curiosidade para assistir mais um capitulo da saga que começou como uma franquia de família contra os fantasmas que os rodeavam, dentro dessa franquia já vimos viagens temporais, e até vemos o além, agora não é diferente a sensação é de que cena que somos conduzidos fosse criada através de algum suspiro forçado de originalidade.

            A direção é de Adam Robitel (A Possessão De Deborah Logan, 2014) que foca nas marcas e traumas da personagem mais importante da franquia Elise (Lin Shaye), o longa inicia investigando a infância da protagonista, em um momento onde já se revelava o dom especial daquela mulher, mas também havia os incômodos de um lugar próximo a sala de execução de uma prisão e a violência mais que desmedida do patriarca da família. O diretor consegue manter a qualidade de produções assinadas por James Wan, com um apuro bastante qualificado na reconstrução da época, na ótima utilização das luzes quentes, as cores saturadas e uma câmera que move constantemente sem se esquecer em momento algum dos “jumpscares” formula que deve muito a Wan que é um dos maiores responsáveis pela atualização do gênero em fazer produções melhores.



            O roteiro continua sob as mãos de Leigh Whannnel roteirista de todos os filmes da franquia, mas aqui ele parece não sustentar sua narrativa, construindo momentos de muita superficialidade e de uma inocência impressionante perante a ficção que parece impossível acreditar naquilo que nos é mostrado, a narrativa é frouxa, o desenvolvimento é arrastado e pouco conciso, o longa parece focar demais no problema do novo proprietário quando na verdade essa escolha faz com que o espectador se afasta do filme sem ver realmente aquilo que lhe interessa.


            Sobrenatural: A Última Chave é o quarto capitulo de uma franquia exausta, sem muito a oferecer e até mesmo sem conseguir assustar, resulta em uma produção bem mal trabalhada, a produção se resume em criar monstros e aparições que possam criar algum mal-estar com a plateia, mas a solução para acabar com aquela assombração vem de uma conveniência narrativa tão pobre que decepciona o espectador que nos primeiros minutos do longa parecia ter um filme muito melhor onde tudo parecia ser muito bem construído, se torna uma pilha enorme de horrores que são lançados aos montes na esperança que alguns daqueles sustos possam geram sucesso e mais filmes aos estúdios de Hollywood. 


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