Adaptar histórias reais para o cinema
é um dos exercícios mais difíceis pelos fatos históricos ou dos pelos personagens
que escolhe por trabalhar. Mas, claro, há diferentes níveis de idealização, o
grande trunfo de O Destino de uma Nação é trazer a abordagem de um controverso
estadista de forma controversa, Winston Churchill de Joe Wright é complexo e
falho, o que ajuda e muito na humanização do político, mas a produção não
escapa da armadilha constante em obras do gênero, o exagero biográfico.
“Winston Churchill (Gary Oldman) está
prestes a encarar um de seus maiores desafios, tomar posse do cargo de Primeiro
Ministro da Grã-Bretanha. Paralelamente, ele começa a costurar um tratado de
paz com a Alemanha nazista que pode significar o fim de anos de conflito”.
A trama se passa em 1940 e acompanha
os primeiros dias de Churchill como primeiro ministro britânico, cargo que
assume quase que de forma acidental, ele tem que encarar logo de cara a difícil
tomada de decisão de aceitar os não os termos de um suspeito acordo de paz com
Adolf Hitler para o qual é pressionado, ou se escolha por confrontar o ditador
nazista, o que acarreta com a retirada das tropas inglesas da batalha de
Dunquerque.
O roteirista Anthony McCarten (A
Teoria De Tudo, 2014) não escolhe a fórmula comum e clássica, já vista nesse
tipo de obra cinematográfica que acompanha o personagem do nascimento até a
morte, a trama é muito mais desafiadora, a forma como desenvolve sua narrativa
se torna uma vantagem que proporciona mais sutileza do que o compromisso de ser
historicamente correto com os fatos exatos que ocorreram na época. Nos
primeiros minutos do filme enquanto o parlamento esta pegando fogo, com pessoas
insatisfeitas com condução politica por parte do líder anterior a Churchill, o
protagonista nos é apresentado como um comilão, que não economiza de maneira
alguma na gordura na primeira refeição do dia, nem no vicio em charutos e muito
menos na bebida alcoólica.
Joe Wright (Orgulho e Preconceito)
traz para a produção toda a pompa do seu respeitado visual artístico, sua
filmografia rica em detalhes, é um filme que acima de tudo é muito elegante,
onde cada tomada são resultados belíssimos de planos impecáveis, muito bem
calculados, sobretudo magnificamente bem iluminados, a beleza plástica do filme
combina com a sobriedade do ambiente politica em que este inserido em uma
Inglaterra da década de quarenta, pontos extras e com louvor ao diretor de
fotografia Bruno Delbonnel.
Parte do impacto que o filme tem vem
da entrega impressionante de Gary Oldman como Winston Churchill, por mais que
seja difícil visualiza-lo por baixo de toda aquela prótese, é a sua
interpretação que dá potencia ao filme, ele entrega um de seus melhores
trabalhos com ironia, esbravejo e firmeza consegue convencer do inicio ao fim
com um registro vigoroso de pura imersão do interprete.
O Destino de Uma Nação é um filme
tecnicamente perfeito, com interpretações acima da média de um elenco entregue
a seus personagens, tem em seu roteiro inteligente uma das suas armas mais
fortes e potentes, no ato final o roteiro falha ao jogar o protagonista para o
espectador, com escolhas narrativas que joga o filme a favor da plateia ao
invés de provoca-la como vinha fazendo até então, e deixa uma sensação amarga
de forçação de barra que resulta em um final inverossímil que beira o
indigerível.
Sempre gostei da filmes. São muito interessantes, podemos encontrar de diferentes gêneros. De forma interessante, o criador optou por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador. Desde que vi o elenco de O Destino de uma Nação imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, pessoalmente eu irei ver por causo do atriz Lili James, uma atriz muito comprometida. Eu a vi recentemente em Baby Driver. É uma historia que vale a pena ver. Para uma tarde de lazer é uma boa opção. A direção de arte consegue criar cenas de ação visualmente lindas.
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