Maze Runner: A Cura Mortal - Crítica


            Maze Runner: A Cura Mortal é o fim de uma tendência de poucos anos atrás entre os megablockbusters, baseados em sagas literárias voltadas para o publico juvenil, se passando em um futuro distópico e seguindo os passos da bem sucedida franquia Jogos Vorazes, mas nem um filme chegou ao nível de sucesso principalmente financeiro que a franquia protagonizada por Jennifer Lawrence, tudo leva a crer que este ultimo Maze Runner coloca um ponto final nesse esquema de produções, revelando uma moda passageiro que rendeu títulos que ficam sempre na media e no considerado ok, tanto em qualidade técnica como em faturamento.

            “No terceiro filme da saga, Thomas (Dylan O' Brien) embarca em uma missão para encontrar a cura para uma doença mortal e descobre que os planos da C.R.U.E.L podem trazer consequências catastróficas para a humanidade. Agora, ele tem que decidir se vai se entregar para a C.R.U.E.L e confiar na promessa da organização de que esse será seu último experimento”.



            A constatação de que esse é o final de um ciclo é tão clara que mesmo com uma base de fãs da franquia de livros e dos filmes, esse ultimo capitulo chega aos cinemas brasileiros sem muito barulho, ocupando um bom numero de salas, mas não sendo nem de perto um dos filmes mais esperados da temporada, pelo menos esse filme vem com a missão de concluir a franquia, admitindo não ter alcançado todo o sucesso que seus produtores imaginavam na época, mas que ainda oferece aquilo que sua base fiel de fãs busca.

            Seguindo a mesma linha de desenvolvimento narrativo das produções anteriores Maze Runner: A Cura Mortal começa dando espaço aos seus heróis e deixando claro ao espectador que eles serão jogados  mais uma vez dentro de um turbilhão de cenas de ação, mas dessa vez ainda maior que tudo que foi visto, a primeira sequencia do filme já vem carregada com essa sensação colocando nos minutos iniciais seu publico em uma perseguição a um trem em movimento, injetando adrenalina a quem esta sentado na poltrona do cinema, os heróis Thomas (Dylan O’Brien), Newt (Thomas Sangster), Brenda (Rosa Salazar) entre outros tem a missão de resgatar prisioneiros que estão sendo levados pelo C.R.U.E.L entre os prisioneiros esta Minho (Ki Hong Lee) amigos dos protagonistas desde o primeiro labirinto.


            O roteiro de T.S. Nowlin que escreveu os dois filmes anteriores e a direção de Wes Ball diretor de todos os filmes da franquia, abusa demais de um narrativa muito fácil, onde os personagens sempre conseguem escapar com a sensação de que não precisava ser feito esforço algum, dessa forma há no filme uma série de conveniências que apenas abreviam as situações, e essa estratégia aparece em praticamente todos os momentos dramáticos do filme, o longa parece sobreviver de uma formula falha, os personagens são colocados em alguma situação de risco extremo, o perigo fica frente a eles e no final das contas algum fato quase que aleatório um personagem que surge do nado por exemplo que os personagens se salvam, algo que coloca em duvida toda a confiança naquela ficção como se sempre houvesse uma brecha para solucionar qualquer um dos problemas daquelas pessoas.

            Maze Runner: A Cura Mortal é a conclusão de um  franquia que já deveria ter acontecido a alguns anos atrás, mas por conta do grave acidente com o seu protagonista no set de filmagens o filme teve de ser adiado dois anos, é repleto de irregularidades, fica muito clara o cansaço de uma formula e de uma tendência de um passado recente, os universos compartilhados e alguns reboots mais engraçados deixaram as distopias adolescentes de lado, algumas mais pretensiosas outros somente oportunistas, Maze Runner continua fiel as suas ideias e a seus fãs e se a metáfora nunca foi o forte dessa franquia o ultimo capitulo faz jus a aventura e entrega uma produção eficaz para os fãs que esperavam ansiosos pelo desfecho da historia dos meninos do labirinto.


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