O Justiceiro - Crítica





            Se tem um personagem da Marvel, que os fãs defendem esse personagem é Frank Castle alguns pela sua personalidade violenta, outros pelo seu passado militar, mas a grande maioria é pela seu desejo de justiça e vingança pelas consequências que ocorreram em sua vida, a nova produção da parceria Netflix/Marvel fala sobre guerra, patriotismo e levanta algumas duvidas sobre os segredos que envolvem o serviço militar, independente de toda e qualquer questão que queira abranger a vingança a sangue frio tem de ser a assinatura da série, afinal de contas foi isso que o tirou do tumulo e o fez ganhar uma nova chance no canal por streaming.


            Vivido por Jon Bernthal o Justiceiro da Netflix tem um tom mais pesado e de arco fechado, concentra-se em contar a historia de Frank Castle após seu forçado tempo de exilio, fazendo com que se distanciasse do submundo criminal, mas de fato essa vingança em seu ditado mais popular de maneira fria, é também o momento que mais demora a acontecer. Ao longo da produção ficam pequenos vestígios impregnados, prontos para poderem emergir seu hospedeiro, e assim ao longo de treze episódios a série mescla entre a velha e conhecida mancha vermelha impregnada na memoria de seu protagonista com a busca do mesmo em cicatriz a ferida a sua maneira.


            A série se mantem focada em criar um novo cenário em paralelo as mesmas condições intimas que o personagem viveu nos quadrinhos, aposentado do manto da caveira e vivendo sob sua morte, é um fantasma que foi acordado por um outro personagem importante de seu núcleo, um escolha das mais interessantes da Netflix, o ex-agente da CIA David Lieberman (Ebon Moss-Bachrach), conhecido como Micro que esta perseguindo o mesmo caminho de Frank em busca de respostas sobre fatos que aconteceram no passado que o liga diretamente ao protagonista no seu desejo de vingança, é criado a partir daquele momento a relação perfeita sob a ótica cérebro + músculo.

            O ponto mais frágil do protagonista e humano acontece quando se desponta a personagens femininas durante a produção, uma delas velha conhecida do publico a jornalista Karen Page (Deborah Ann Woll) a interação de Frank com a jovem jornalista começou na segunda temporada de Demolidor, quando houve a primeira aparição do Justiceiro no arco do protetor de Hell’s Kitchen. O conflituoso desenvolvimento narrativo entre os dois foi um ponto equilibrado e amarrado em circunstancias e fatos coerentes mesmo que em alguns momentos a série força algum tipo de interesse amoroso entre os dois.




            O Justiceiro por mais que seja uma produção própria da Netflix e ela tem todo o mérito pela coragem de escolher um personagem tão difícil quanto Frank Castle para contar sua historia de origem, mas ao longo dos seus treze episódios a série se esgota ao tentar manter um dialogo irrelevante e cansativo tornando toda a narrativa fraca, e se desorienta ao tentar fecha-la acreditando que o uso de uma reviravolta mirabolante possa ser a resposta. A série é arrasta ao longo de sua exibição total  e quando se permite abordar conteúdo extra originando uma linha de percepção diferente sua investida esbarra no excesso de historia uma barriga que poderia ser evitada caso o canal por streaming enxergue que treze episódios é demais para este tipo de produção, mas pela excepcional interpretação de Jon Bernthal como Frank Castle adoraríamos vê-lo novamente.



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