Fala Sério, Mãe! - Crítica



            Quando nos falamos em comedia nacional feita para o cinema, logo vem o pensamento de qual programa da Rede Globo foi adaptado ou apenas ganhou uma aventura para a grande tela com historia sem pé nem cabeça que tenta te fazer rir de qualquer forma, a única forma de descobrirmos o que de fato se trata a produção é mesmo dando uma chance, e às vezes damos sorte e ganhamos algumas surpresas como no caso de “Fala sério, Mãe!” que consegue se destacar em um mercado cada vez mais inflado do mesmo no Brasil.

            “Ângela Cristina (Ingrid Guimarães), mãe da adolescente Maria de Lourdes (Larissa Manoela), está tendo a experiência de guiar sua filha durante uma das fases mais complicadas da vida. Ela vive uma montanha-russa de emoções, com medos, frustrações e um caminhão de queixas para descarregar. Por outro lado, Malu, como prefere ser chamada, também tem suas insatisfações. Teimosa, sofre com os cuidados excessivos e com o jeito conservador da mãe”.


            
         Sem muito enrolação o filme logo de cara dá todas as indicações do quem pela frente, a mãe Ângela é apresentada como protagonista e faz ao longo do filme uma narração complementar das situações, o que dá a produção uma agilidade ao roteiro, mãe de primeira viagem, ela se dá conta que a ser mãe não é nem de perto um conto de fadas.
Carregado por um tom bem humorado, cores vivas e alegres desde os créditos iniciais, o roteiro de Pedro Vasconcelos baseado no livro de mesmo nome da autora Thalita Rebouças que também colabora com roteiro tem boas sacadas e entrega momentos que geram identificação bastante rápida com o espectador, o simples ato de fazer um bebe dormir pode deixar os pais completamente a flor da pele, o filme tem uma qualidade bastante respeitável que esta relacionada diretamente ao roteiro simples e objetivo, sem esquizofrenias e nem um pouco forçado.


Ingrid Guimarães rouba a cena no papel da mãe super-protetora, se mostrando em mais um trabalho de forma segura e com uma composição artística que lhe garante tranquilamente um protagonismo natural em cena. A atriz Larissa Manoela que faz a filha Malu como é chamada, não apresenta aqui novidade nenhuma no quesito interpretação, ela segue o modelo que já fez em outros trabalhos, como em novelas, por exemplo, talvez porque a personagem não tenha exigida muito dela como atriz, considerando o texto mais voltado para o humor, já nas cenas em que exige uma dramaticidade maior a jovem atriz se mostra impecável em cena.


Fala Sério, Mãe! É um filme que do inicio ao fim, cumpre seu objetivo de divertir o espectador sem ser uma produção vazia, mas também não aprofunda demais a ponto de afugentar o publico mais jovem, é uma produção cheia de situações divertidas e engraçadas, que geram conexão emocional com que assiste, e que lida  a relação de amizade entre uma mãe e uma filha com drama e comédia na medida certa.


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