Baseado em
um dos best-sellers de R.J. Palácio, um dos mais aclamados livros pelos
leitores ao redor do mundo nos últimos anos, chega ao cinema “Extraordinário” o
livro assim como a produção cinematográfica chega junto com uma leva de obras
que relacionam a juventude com questões mais séries, ligadas sobre tudo a uma
questão de saúde, seja um câncer, a depressão ou até mesmo uma má formação do
rosto como é o caso da obra em questão, esses filmes e obras literárias aliam
essa narrativa açucarada e dramática com lição de moral clara e objetiva ao
espectador.
O filme
conta a historia de Auggie Pullman (Jacob Tremblay) um garoto que nasceu com
uma deformação facial que o fez passar por vinte e sete cirurgias plásticas,
aos dez anos ele pela primeira vez frequentará uma escola regular como qualquer
outra criança, lá ele precisara lidar com a sensação constante de ser sempre
observador e julgado por todos a sua volta.
A produção é
uma bela combinação entre melodrama e comédia, sendo este equilíbrio perfeito
que da a chave de sua tão sincera afetividade, não é porque na trama existe uma
doença que todo o filme deve ser carregado de um drama exagerado, fazendo com
que haja ali momentos divertidos e outros mais tensos, não é só para Auggie que
o primeiro ano em uma escola nova é extremamente amedrontador é claro que pela
sua condição e por ter sido sempre educado pela mãe (Julia Roberts) tudo aquilo
tem um de novidade muito maior, fazendo com que todas as suas sensações sejam
ainda mais a flor da pele, isso é contornado com imaginação e bom humor,
situações estas que enriquecem o longa.
A direção é
do ótimo Stephen Chbosky (As Vantagens de Ser Invisível, 2012) ele também escreve
o roteiro, num claro objetivo de captação emocional do publico e de uma relação
de empatia onde as situações vistas remetem a uma memoria recente do
espectador, algo que transforma essa narrativa em algo muito mais próximo de
quem assiste essa mistura de historia edificante, com um personagem
desfavorecido em uma jornada de crescimento, com um grande apelo afetivo e
totalmente próximo ao universo do publico faz com que esse tipo de obra tenha
um atrativo muito mais potente com o espectador.
É
interessante ainda ver que o filme utiliza diferentes pontos de vista para
tratar do personagem principal, dando um espectro total sobre aquele garoto,
uma estratégia narrativa que funciona muito bem, uma vez que uma ação ou um
fato ganha peso quando se vê de dois ou mais pontos de vistas, além disso, essa
estratégia faz com que a obra evidencie que essa fase não é complicada apenas
para Auggie que tem sua diferença estampada no rosto, mas também é muito difícil
para outras pessoas, como sua irmã Via (Izabela Vidovic) ou o melhor amigo Jack
Will (Noah Jupe) algo que faz com que o filme se aprofunde nos sentimentos de
toda uma geração, fazendo um belo mosaico das vidas que estão ao entorno
daquele garoto.
Extraordinário
é um filme que tem alguns problemas por tratar de forma tão sensível seu tema
principal e seus personagens é um filme que acaba saindo um pouco da realidade,
mas tem em seu elenco um time de primeira que se destaca em cada cena em uma
sequencia de interpretações muito emocionante e tocante pela entrega de todos
os envolvidos, e faz de maneira precisa um filme que foge do padrão de mostrar
crianças com suas diferenças enfrentando um mundo hostil de maneira dramática e
exagerada, o filme faz bem essa mistura de uma nova imagem dos jovens com suas
virtudes, duvidas, problemas e diferenças, é um filme que vale a pena ser visto
por todos.
Também acho que esse filme vale muito a pena. É um dos melhores que eu vi no ano passado. É uma historia cheia de incríveis personagens e cenas excelentes. Considero que outro fator que fez deste um grande filme foi a atuação de Jacob Tremblay, seu talento é impressionante desde que eu vi os seus filmes de terror 2016. Lembro dos seus papeis iniciais, em comparação com os seus filmes atuais, e vejo muita evolução, mostra personagens com maior seguridade e que enchem de emoções ao expectador.
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