A
verdade sobre o cinema de gênero é que ele existe a muito tempo e provavelmente
nunca deixara de existir, é uma forma extremamente comum que os estúdios de
cinema tem para tentar se conectar com o publico a um determinado tipo de
desenvolvimento narrativo. E isso é muito presente nos terrores modernos, em
uma consciência extrema recheados de clichês e convenções que eles escolherem
se inserir para assim fazer uma certa subversão do gênero sem qualquer
expectativa maior, é dessa forma que podemos simplificar o filme Boneco de Neve
que estrou no ultimo dia 23.
O
filme que vem sendo bombardeado nas bilheterias mundo a fora, parece crer que
basta apresentar em sua narrativa os mesmos clichês de sempre para construir um
laço entre sua narrativa e o público, algo pouco consumido atualmente, talvez o
cinema de mistério ou de suspense, sofra com esse sentimento de que é fácil realizar
uma obra de sua espécie como se qualquer mistério, apenas pela curiosidade de
seu espectador, afirmasse uma ligação emocional com quem assiste, o que se sente
ao assistir ao filme é a falta de noção total sobre o que esta sendo feito com
o filme que chega a grande tela.
. A
grande questão do filme é que na teoria parecia que seria uma obra prima,
Michael Fassbender indicado ao Oscar de melhor ator como protagonista, a
direção a cargo do excelente Tomas Alfredson (Deixa Ela Entrar, 2008), mas na
pratica esses elementos não entraram em cena, e esses grandes nomes individuais
que já não são mais tão sinônimos de sucesso como antes, com o fracasso dessa
produção nas bilheterias qualquer estúdio em sã consciência pensara mais de uma
vez para ligar para esses nomes.
A
produção acompanha a clássica historia de um detetive nesse caso Harry Hole
(Fassbender) um famoso investigador sueco com problemas de alcoolismo que
recentemente largou sua namorada e o filho dela, e se vê envolvido em uma
confusa e estranha rede de desaparecimentos femininos, em que todas as mulheres
envolvidas são marcadas por relacionamentos extraconjugais com filhos cujos
pais não tem certeza da paternidade. O roteiro de Houssein Amini (Drive, 2011)
e Peter Straughan (O Espião Que Sabia Demais, 2011) usa dessa premissa previsível
que aos desenrolar da trama vai demonstrando não possuir nenhuma peculiaridade,
nada que realmente faça com que ela seja diferente dos tantos outros longas
sobre misteriosos assassinatos e seus improváveis assassinos, que dependendo de
quem assiste facilmente desvenda o mistério, com isso a produção vai tomando as
mais equivocadas escolhas, e todas elas na tentativa de forçar o interesse do
espectador pela trama.
Boneco
de Neve segue um percurso repleto de clichês narrativos, que pela sua raiz no
suspense conquistaria a atenção de qualquer maneira, mas resulta apenas em um
produto comum, sem originalidade alguma e facilmente esquecível, que entrega
todas as suas forças e talentos a uma submissão ao clichê, e que fica claro de
uma vez por todas se algum dia um mistério qualquer e alguns nomes no elenco
eram o que bastava para se garantir sucesso, agora é necessário uma coerência ainda
maior das convenções que cada gênero exige e necessita para sobreviver.
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