Roland
Emmerich ficou muito famoso por se tornar um diretor de filmes catástrofes,
Independece Day (1996), O Dia Depois Do Amanhã (2004) e 2012 (2009), produções
que lidavam todos com um mesmo tema: o fim do mundo de alguma forma ele previa
que o Planeta Terra seria devastado seja por uma invasão alienígena,
aquecimento global entre outros, filmes esses que fizeram certo sucesso junto
aos críticos e ao grande publico e garantiram bilheterias de valores consideráveis
de sucesso, agora ele produz Tempestade: Planeta em Fúria (Geostorm) dirigido
por Dean Devlin até então roteirista dos filmes de Emmerich, o filmes chega com
peso de uma grande produção e com temática interessante, mas não tão completa
quanto os finais de mundo de Roland.
O filme
parte do principio que em 2018 o aquecimento global nos levará a beira da morte,
perdidos e sem esperança, com o uso abusivo de frases de efeito, forçando uma
emoção que não é transmitida ao espectador, tenta de todas as formas forçar uma
empatia à nível de ficar irritante, contudo dezessete países liderados pela
China e Estados Unidos se unem para salvar o planeta do apocalipse, fazendo uma
teia ao redor da Terra com centenas de satélites que controlam a temperatura do
planeta.
Somos
apresentados então ao líder do projeto Jake Lawson (Gerard Butler) um cientista
extraordinário, porem recebe o comando da missão momentos após a rede de satélites
ser entregue a uma entidade internacional que a ministraria, seu irmão Max
Lawson (Jim Sturgess) é um influente líder dentro do governo americano, eis que
os satélites começam a apresentar falhas de funcionamento, e enquanto eram para
proteger o planeta de temperaturas hostis acaba por provocar tragédias naturais,
quando esses problemas se iniciam Max representante do governo volta atrás na
decisão de afasta-lo e chama Jake de volta a equipe, contudo ele descobre que
as falhas não são falhas ocasionais, e sim que alguém instalou um vírus para
que o planeta inteiro sofra com catástrofes naturais.
A trama de
suspense do filme é até interessante, com boas reviravoltas narrativas e jogos
de mistério inventivos, porem tudo isso é desperdiçado por um roteiro raso e
uma direção nada inspirada, Dean Devlin diretor do longa não tem grande
curriculum de produções apenas a direção de alguns episódios da série The
Librarians, ele insere a produção um visual pífio, comum e extremamente genérico
sem qualquer vibração ou status de grandeza, se utiliza de cenas bastantes
cafonas e sem beleza estética alguma, além de ter diálogos que beiram o absurdo
de tão vergonhosos, frases de efeito em momentos inoportunos e sem
justificativa alguma, sentimentalismo gratuito e forçado, idealismo muito mal
concebido que tornam tentativas caricatas e sem força alguma.
Tempestade:
Planeta em Fúria, é um filme com ideias bastante interessantes mais execução
vergonhosa, a trama de suspense que prometia ao longo do filme acaba por ser
resolvida de forma mal colocada e mal embasada quase que apenas para dizer que
precisava encerrar a trama ali, com uso forçado de um sentimentalismo vulgar
acaba por prejudicar quase em sua totalidade a produção, a tentativa por um
final épico acaba por se tornar uma decepção absurda e cansativa de ouvir falas
e ver cenas cafonas, caricatas e repetitivas que buscam atingir um grau de
emoção grandiosa que mais beira o cômico de tão forçado.
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