A Morte Te Dá Parabéns - Crítica



            O gênero de terror nos cinemas esta passando por um momento extremamente positivo nas bilheterias mundiais, impulsionado por inventivos e interessantes longas lançados nos últimos anos, fazendo com que acarretasse em uma mudança inclusive nas produções que agora visam um publico mais amplo, um gênero que sempre foi muito bem sucedido, mas nunca tão glorificado como nos dias de hoje, como o esmaga quarteirão IT e a franquia bilionária Invocação Do Mal, no centro desse turbilhão de sucesso está Jason Blum com a sua Blumhouese que algum tempo vem fazendo cada vez filmes de terror mais bem planejados e elaborados como Fragmentado e Corra, agora chega aos cinemas “A Morte Te Dá Parabéns” (Happy Death Day!) longa que referencia os clássicos Pânico! (1996) e Feitiço do Tempo (1993).

            O filme conta a historia de Tree Gelbman (Jessica Rothe), que no dia do seu aniversario é morta, mas logo após ser assassinada ela volta para o mesmo dia  que estava, revivendo sua morte de aniversario repetidamente, a protagonista é perseguida e morta por um mesmo serial killer que veste uma enorme cabeça de bebe, faceta do mascote de sua universidade, a garota então se vê obrigada a desvendar a antecipar sua morte para assim ela quebra o looping temporal em que esta presa.


            A direção é de Christopher Landon (Atividade Paranormal: Marcados Pelo Mal de 2014) claramente tem como objetivo principal visar o publica geral, não apenas os fanáticos por filmes de terror, com isso ele não utiliza com tanta força os sustos apenas como emoção imediata, se dando a chance de testar um novo lugar comum para o gênero, buscando encontrar aquilo que agrada um publico já exausta da formula repetitiva antiga dos filmes de terror de câmera de segurança.

            O roteiro de Scott Lobdell (O Homem Da Casa de 2005) aparenta bastante desconforte com esse lugar mais amplo, ainda que o filme seja leve, possuir o peso de soar anormal e fugir de ser taxado ou colocado dentro de um gênero seja ele bem sucedido ou não, a produção é quase que um atestado de que nos dias de hoje não se pode mais fazer terror comum desprovido de responsabilidade narrativa, não podendo mais ser um filmes recheado de “jumpscares”. Hoje alguns filmes se intitulam pós-terror deixando a sensação de morte do gênero, pois transcende o sucesso do gênero, a projeção parece acreditar demais que o gênero pelo gênero já não sustenta produção alguma.


            A Morte Te Dá Parabéns não tem coragem suficiente para abraçar com todas as suas forças o não convencional, deixando a sensação de que tentava se enquadrar em estilo de filme que tem nicho especifico, nesse meio termo entre filme que se leva a serio demais, e uma analise mais rasa de filmes de terror e todos os seus clichês, o que resta é uma obra que parece não entender a si mesmo ficando sem originalidade alguma, uma bola fora de Jason Blum no ano de 2017.


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