The Tick - Critica



            The Tick é baseado no personagem homônimo criado por Bem Edlund em 86, surgiu como um mascote de loja e também como forma de satirizar a crescente aparição de super-heróis durante o período, em 88 ele ganhou o direito de ter uma revista pra chamar de sua, e em 94 chegou ao ponto mais alto da sua carreira ao ganhar uma série animada para a televisão, simpático o carrapato azul não fica preso apenas na sátira a seus coirmãos de gênero, consegue criar um tom próprio de produção e consegue com tranquilidade ser uma boa rival para as séries de tv que estão no ar de Marvel e Dc.


            A série original do serviço por streaming Amazon Prime Video apresentou um piloto no ano passado como teste, com a boa recepção do publico a produção ganhou temporada completa, houve algumas modificação para atrair uma parcela maior de publico entre o piloto e o segundo episodio, no inicio a ideia era de fazer de Arthur Everest (Griffin Newman) com um conceito próximo do fantasioso infantil com o herói agindo de forma a levar o contador a questionar a sua própria realidade, é esse o motivo do personagem sempre ‘imaginar” o besouro azul, algo que é completamente exposto e desmentido pela sua irmã Dot (Valorie Curry) algumas cenas mais tarde.


             Peter Serafinowicz é quem assume o manto azul de Tick, o herói da série. Com amnesia e um senso de justiça apurado, o personagem se transforma em rival de Capitão America nos primeiros minutos, em termos de exemplo a ser seguido e padrão de boa índole, o ator consegue imprimir ao personagem uma leveza e um carisma impressionantes e faz com que acreditemos nas ideias de um mundo melhor do personagem azul.


            The Tick é uma série de super-herói bem humorada, carismática e até mesmo fofa em alguns momentos, pois consegue brincar com os estereótipos de personagens de historias em quadrinho, séries e filmes de heróis, criando assim uma assinatura própria a sua narrativa, de forma despretensiosa a produção flerta com o sombrio, mas em nenhum momento deixa de mostrar o seu arsenal cômico quando necessário, durante os seis episódios que compõem a primeira temporada passaram por cada uma das etapas clássicas na formação do herói em super. Com enorme potencial de fazer rir dos clichês do cinema de gênero, desde o do herói mercenário que mata suas vitimas por justiça, ou da mulher que termina do lado errado da luta apenas na tentativa de ajudar.


            Poderíamos até chamar The Tick de uma sátira de produções de super-herói, mas com uma qualidade tão próximas de suas concorrentes e coirmãs torna impossível o fato, some isso ao fato de empregar alma, servisse e tom próprio a produção se transformando em uma das melhores adaptações de quadrinhos já feita, fugindo do sombrio e realista, pares românticos forçados e heróis em multiplicação, a série termina por se transformar exatamente no tipo de adaptação que a grande maioria dos leitores de Hq’s imploram a anos, e para aquele que foi criado apenas como sátira dos outros, viram protagonista de sua ótima série tem outro valor.



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