Quando o
primeiro trailer de Os Guardiões (Zaschitniki), filme russo com uma união de super-heróis
bem diferente, causou um barulho enorme na internet, todos até então adoraram a
ousadia de um filme produzida fora de Hollywood em trazer uma historia original
com um grupo formado por um homem-urso, uma mulher invisível, um super-ninja e
um controlador de pedras, o visual diferente e as pitorescas possibilidades que
poderiam surgir com esse filme chamaram a atenção de todos, mas infelizmente ao
invés de criar uma visão própria do gênero que mais cresce nos cinemas, o filme
soa como uma tentativa incessante de plagiar o que já vimos em filmes de Marvel
e Dc e mais parece uma parodia com efeitos especiais grandiosos do que um
refresco ao gênero.
A história
do filme dirigido por Sarik Andreasyan gira em torno de um cientista maluco August
(Stanislav Shirin) que é infectado pelas próprias invenções e decide dominar o
mundo, seu poder especial é o de controlar carros, eletricidade e aparentemente
tudo que envolva qualquer tipo de energia, para impedir que o vilão concretize
o plano do mal, o governo da Rússia ressuscita um programa chamado “Patriota”,
programa esse criado pelo próprio vilão que partia do principio de encontrar e
manter poder do governo pessoas com poderes especiais para que quando fosse necessário,
essas super-pessoas defendessem o pais. (O filme conta inclusive com uma versão
feminina de Nick Fury para recrutar esses super-humanos).
É então que
conhecemos o quarteto Arsus (Anton Pampushnyy), Khan (Sanzhar Madijev), Alina
Lanina (Kseniya) e Ler (Sebastian Sisak), as cenas que mostram os poderes e a
historia de cada personagem para ser feita como um filme caseiro soando
bastante amador, as interpretações dos atores que parecem estar sempre pousando
para a câmera são frias e cansativas, os diálogos são pouquíssimos e os que
restam são bastante simplórios e a canastrice esta de graça pra levar. Se o
filme fosse somente ação do inicio ao fim até não seria tão ruim, pois onde a
produção realmente perde são nas cenas dramáticas que exige maior controle de
direção e interpretações coisa que não é entregue nem pelo diretor, muito menos
pelos atores.
Os Guardiões
é um filme que poderia ter sido bastante interessante, trazendo algo novo em um
mercado de super-heróis que cada vez são mais populares, e mais lucrativos para
os estúdios, mas no fim é apenas mais um filme com bons efeitos especiais, maquiagem
satisfatória, trilha sonora grandiosa e fotografia bastante peculiar, mas obvio
que isso não seria suficiente para salvar o filme que imita demais cenas de
batalhas vistas em filmes como Vingadores (2012) e Batman: O Cavaleiro das
Trevas (2008) entre outros do gênero, sobrando um filme sem roteiro, direção
ruim e atores desinteressantes, entregando um filme que poderia ser original,
mas se prende em imitar e imitar por imitar não vale.
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