Kingsman: O Circulo Dourado - Critica



            O primeiro Kingsman não foi um filme que me despertou interesse de ir aos cinemas assisti-lo, esperei estar disponível nas plataformas digitais para aluga-lo e conferir o que Matthew Vaughn havia criado, após a franquia Kick-Ass, sem noção nenhuma do que se tratava a historia, parecia ser uma versão mais jovem e bem humorada de 007, ou até mesmo Jason Bourne, mas ao assistir o filme me deparei com uma produção extremamente divertida, com cenas de ação que nunca tinha visto antes, e homens de terno e gravata praticando-as, se no primeiro filme ganhamos personagens carismáticos, cenas de ação impecáveis e um roteiro interessante e curioso sobre dominação mundial, Kingsman: O Circulo Dourado chega aos cinemas na próxima quinta com uma temática mais politica, menos carismática que o primeiro, mas em nenhum momento o diretor deixa o filme desinteressante.


            O primeiro filme marcou muitos fãs dos quadrinhos de Mark Miller, e criou um bom fã clube para os personagens extremamente carismáticos do primeiro filme, fazer com que o segundo fosse tão bom e interessante quanto o anterior não seria tarefa das mais fáceis para Matthew Vaughn, e ele não consegue faze-lo, mas traz um filme explosivo, dinâmico, engraçado e muito inteligente em alguns momentos. Não temos aqui um filme memorável, mas com as suas inúmeras ideias sem limites, o diretor consegue criar cenas sensacionais de tirar o folego do espectador desde a primeira cena de perseguição pelas ruas de Londres, o serviço secreto conhecido como Kingsman esta sob ataque e aparentemente apenas Eggsy (Taron Egerton) e Merlin (Mark Strong) são os últimos agentes que sobraram para descobrir quem esta atacando e porque, mas para isso vão precisar de ajuda dos Statesman Serviço Secreto Americano.


            Os Statesman e os Kingsman se deparam então com a vilã do filme poppy (Julianne Moore) uma traficante de drogas que vive isolada no meio da selva, sonhando com o dia em que terá fama e poder para que todos um dia a temam e a respeitam, ela coloca em plano uma ação de contaminação em seus produtos com um vírus fazendo  com que todos que utilizarem suas drogas morram em pouquíssimo tempo, desse modo ela chantageia o presidente dos Estados Unidos a fazendo um acordo para que as drogas sejam legalizados no pais, e assim ela liberaria o antidoto para todos, a produção do filme surpreende ao mostrar como o governante do pais lida com a situação, deixando muito clara a referencia do período em que Nixon era líder da América.


            O roteiro de Vaughn e Jane Goldman não é tão redondo quando o primeiro, personagens demais são apresentados, todos muito interessantes, mas como pouco tempo de tela se tornam apenas elementos de desenvolvimento narrativo pobres, o romance de Eggsy e a Princesa Tilde (Hanna Alstrom) é interessante, mas também é acelerado demais deixando um sensação de foçar a barra, e a pouco utilização de talentos impressionantes que o diretor conseguiu colocar em seu filme, Jeff Bridges (Champanhe), Channing Tatum (Tequila) e Colin Fith (Kevin Hart) o “coração” do primeiro filme, ver o ator talentosíssimo praticando cenas de ação com uma violência estilística impressionante era o diferencial da franquia que aqui não é utilizado, sem falar nos novos personagens apresentados como Uísque (Pedro Pascal), Ginger Ale (Halle Berry) e Roxy (Sophie Cookson) são personagens demais para um filme só, sem que haja tempo necessário para desenvolve-los da maneira certa.



            Kingsman: O Circulo Dourado é um filme insano, entretenimento puro, diversão na medida certa, com cenas de ação impecáveis, trilha sonora animada, cheio de personagens carismáticos, e uma narrativa interessante, mas falta a ele o coração do primeiro filme, a alma da produção interior, o cuidado que o primeiro teve em apresentar seus personagens dar tempo de tela para que criassem conexão com espectador, é um filme extremamente engraçado ao ponto de ter Elton John na trama com cenas que mostram o poder que vilã tem e timing de humor incrível de o filme tem ao tirar sarro de si próprio, se você não conferiu o primeiro faça um favor a si mesmo e veja é diversão garantida, a sequência é produção que não consegue superar seu anterior, mas entregue um filme divertido, animado, maluco, vale apena conferir. E nunca se esqueça “A Conduta define um homem”. 


Comentários

  1. Não sigo muito este tipo de gêneros, mas adorei este filme! Adorei a participação de Jeff Bridge, é um ator multifacetado, seu papel é muito divertido e interessante. O vi também em Homens de Coragem, é muito bom. É interessante ver um filme que está baseado em fatos reais, acho que são as melhores historias, porque não necessita da ficção para fazer uma boa produção. Gostei muito de Homens de Coragem, não conhecia a história e realmente gostei. A história é impactante, sempre falei que a realidade supera a ficção, acho que é um dos melhores filmes de drama . Super recomendo. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia, o elenco fez possível a empatia com os seus personagens em cada uma das situações.

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