Orange Is The New Black 5 Temporada - Crítica



            Orange Is The New Black é uma das series originais produzidas pelo canal por streaming Netflix, que mais evoluiu com o tempo, tanto em qualidade narrativa para desenvolver suas personagens, quanto no elenco que parece estar cada vez mais confortável interpretando as detentas de Lietchfield, mas após um quarto ano épico com um final chocante como a quinta temporada poderia elevar o nível da produção ainda mais alto, não se preocupe eu te conto tudo.

            A nova temporada de OITNB escolha uma formula mais complexa ao ir no caminho da busca pelo lado mais humano daquelas personagens, fazendo o comparativo necessário o quinto ano não consegue ser melhor que a quarta temporada, ainda assim a produção mostra saber muito bem o nível de responsabilidade que criou com o passar dos anos, e entrega uma temporada onde o humor tão utilizado no primeiro ano está de volta, algo que sentíamos falta, o elemento cômico é fundamental para a primeira metade dessa quinta temporada, ele carrega os episódios de maneira dinâmica sem cansar o espectador, mesmo em meio a uma rebelião das presas contra em revolta ao fato ocorrido no final do quarto ano, dando a série uma tom meio comédia trágica.

            Ao longo dessa nova leva de episódios o que podemos enxergar é uma evolução natural da produção, que sempre ousou ao tocar em assuntos como o empoderamento feminino, estupro, direitos iguais e humanidade, nesse ano o assunto é ainda mais quente e fresco o racismo, o núcleo negro da série ganha voz e protagonismo com atuações acima da média das atrizes Danielle Brooks e Uso Aduba que vivem Tasha e Crazy Eyes respectivamente, a carga dramática dessa temporada fica nas costas das atrizes que conseguem entregar toda a revolta que sentem pela desigualdade racial que paira sobre todos nós, preciso destacar o episódio estrelado por Vicki Jeudy que vive a personagem Janae, o episódio em que sua personagem mostra através de flashbacks o início da sua revolta contra o sistema de privilégios raciais é tocante e muito bem feito.
            Com a escolha pelo tema sobre racismo, a série não teve problema algum em deixar de lado sua protagonista Piper (Taylor Schilling), fato que já vinha acontecendo nas temporadas passados, mas é aqui nessa temporada que os produtores mostram que todas as personagens são protagonistas, e que Piper foi a responsável por nos levar ao presidio de Litchfield, mas que outras histórias precisam e serão contadas.


            Orange Is The New Black tem um quinto ano coeso e coerente, apesar de ter episódios mais arrastados e um começo um pouco lento, a produção entrega aquilo que precisava entregar, o início e o fim da rebelião é feita de maneira com que as personagens demonstrem seu lado mais humano, mais sensível, após mais um final maravilhoso muita coisa irá mudar em Litchfield e todas essas mudanças terão que ser trabalhadas senão na próxima temporada nas próximas pois a série está renovada por mais três anos, o que tornara as ações dentro do presidio bem interessantes, com uma temporada coesa e mais tranquila que a anterior a série termina com um gancho que deixa a gente nessa angustia até a próximo ano.



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