Meu Malvado Favorito 3 - Crítica

A franquia Meu Malvado Favorito quando estreou em 2010 não se tinha muita expectativa sobre a trama, nem pelos seus personagens, muito menos pela até então pequena Illumination Entertainment, mas o filme com um orçamento de U$ 69 milhões de dólares conseguiu arrecadar mundialmente mais de U$500 milhões de dólares, hoje a franquia que inclui um spin-off já tem acumulado mais de U$2 bilhões de dólares, e nos apresentou os minions os personagens mais comercializados dos últimos tempos que em 2015 ganharam uma aventura solo nos cinemas, mas o que Gru e sua família tem para nos fazer voltar a visitar a trama desse ex-vilão? Não se preocupe o Cinemark me convidou para assistir ao filme em 3D e te conto agora o que eu achei.

            A franquia capitaneada por Gru (Leandro Hassum) tem em sua essência e ponto alto o carisma de seus personagens, beirando sempre o cartunesco tanto em suas características físicas e psicológicas, os filmes dirigidos pelos francesas Pierre Coffin e Chris Renaud e com roteiro de Cinco Paul e Ken Daurio sempre teve um grande problema desde o inicio no primeiro filme a total falta de comprometimento em estabelecer a relação de afeto de Gru e suas filhas adotivas Margo, Edith e Agnes, sempre deixando um ar de trama preguiçosa com desenvolvimento extremamente raso e pouco convincente.

            Nesse terceiro filme que esta em cartaz, Dru é demitido da Liga Anti-Vilões (AVL) por não conseguir capturar o vilão Bhaltazar Bratt (Evandro Mesquita). Bratt, quando criança, era ator mirim e protagonista de uma série de ação muito assistida nos anos 80, mas que foi cancelada após duas temporadas. Agora como vingança pelo precipitado fim da série e, por conta disso, levando ao fim da sua carreira, o vilão quer se vingar de Hollywood. Enquanto as coisas não vão bem para Bratt, para Gru uma surpresa o espera, pois descobre que tem um irmão gêmeo, o Dru. Os bebês foram separados quando recém-nascidos e agora é o momento do reencontro. Mas a demissão da AVL fará com que Gru seja pressionado pelos minions e, posteriormente, pelo próprio irmão (que tem o sonho de ser vilão) a voltar para o mundo da vilania.

            O mais interessante é como os roteiristas conseguem trabalhar a frustração pessoal nesse filme, condicionada pela frustação profissional na medida certa, o que conecta muito bem os personagens se pararmos para analisar o filme por um todo, Bratt alimenta um rancor pela indústria hollywoodiana e isto lhe motiva a ser o vilão que é, Dru e Gru tem em suas personalidades uma frustração quanto a família que poderiam ter tido, Lucy sente uma frustração por não se sentir capaz de ser a mãe que as meninas precisam, mas o filme lida com essas questões de maneira muito cafona e romantizada da realidade tirando da trama poder de comover o se espectador ao sempre buscar o brega e insano levando a lugares comuns na busca pelo desenvolvimento de seus personagens.

            Meu Malvado Favorito 3, parece ser um filme mais mecânico, friamente didático buscando através de falas literais que acabam não surtindo efeito nenhum em quem assiste, contudo os fatores de entretenimento permanecem na franquia, fazendo com que o potencial comercial cresça ainda mais ao redor do mundo, com bons momentos de ação, ótima tempero de humor e boa utilização de seu personagens de sucesso os minion, o fato é que o que faz com que esse filme seja um sucesso é o carisma de seus personagens, os dubladores tanto na versão original em inglês, quanto na dublado em português são acima da média, conseguir entregar ao publico um tom um pouco mais verídico e bem organizado em questões familiares entre os personagens tornando mais efetível ao final de sua projeção.