Os Smurfs e a Vila Perdida - Critica


            Os Smurfs e a Vila Perdida é mais tentativa da Sony Animations, em fazer dar certo nos cinemas a franquia dos personagens azuis mais famosos do mundo, agora totalmente em animação diferente das duas versões anteriores em que misturavam com atores seus filmes de 2011e 2013 com Neil Patrick Harris, agora apenas voltado ao mundo animado, em uma proposta muito mais simples que as produções anteriores, o que para ser um reinicio de franquia parecesse ser a coisa certa a ser feita.
            Os Smurfs não são personagens de presença constante nas mídias, mas sempre teve e ainda tem seu público. Nessa nova produção eles resolvem esquecer os fatos anteriormente tratados no cinema e reapresentar seus personagens principais e história, mas principalmente introduz e dar ainda mais importância a Smurfette (Voz de Demi Lovato) a única menina na Vila dos smurfs, nós somos introduzidos a história de origem da personagem desde sua criação a partir de um feitiço do bruxo Gargamel (Voz de Rainn Wilson) que tinha o objetivo de caças as criaturas azuis, além de introduzir um conflito interno a personagem principal do filme, nessa produção Smurfette percebe que não tem nenhuma característica marcante, e ela então entra em uma jornada de autodescoberta.
            Smurfette juntamente a Robusto (Voz de Joe Manganiello), Gênio (Voz de Danny Pudi) e Desastrado (Voz de Jack McBrayer) decide entrar floresta a dentro, afim de descobrir uma nova tribo de smurfs que ela acredita que se escondem na parte mais perigosa da floresta, e avisa-los que Gargamel quer rapta-los, junto a isso o vilão do filme e seu gato Cruel bolam uma serie de armadilhas para caçar esses Smurfs, bastante simples, com objeto claro de ser um filme família, voltado para as crianças, sem grandes pretensões , bastante divertido e com moral na história o filme se garante até o final da projeção.
A diretora Kelly Asbury (Shrek 2) insere um ar de ingenuidade que preenche o longa, inclusiva em seu lado cômico, algo contido nas tentativas frustradas de Gargamel e Cruel em capturar os Smurfs, aliás é muito bem explorada essa figura do vilão atrapalhado, em que o mal não funciona para as pessoas de bem, como se o universo nos apresentado não tenha maldades em lugar algum, passando a mensagem de que o mal não chega a lugar nenhum, assim repleto de piadas fáceis, tombos incontáveis o filme consegue divertir o espectador justamente por esses fatores não coloca nenhum tema cabeça, se coloca a todo momento como uma animação de desenho simples e ingênua. O filme conta ainda com uma jornada de herói essa pergunta eterna de quem somos, uma narrativa comum que busca mostrar ao seu espectador a importância de descobrir quem você realmente é se amar por ser quem você é, existe nisso um claro desejo de passar uma lição, sem que seja um sermão, uma dica ao seu público a se permitir ao que está sendo contado no longa, o desejo de alguém que quer entender suas características e assim fazer parte do grupo, é o novo normal tanto para os pequenos, quanto para os adultos.

Os Smurfs e a Vila Perdida aposta todas as suas fichas na ingenuidade do seu espectador para recontar a história de um universo famosos, e querido por seus fãs, busca em suas origens para tentar voltar a fazer o sucesso que alcançava antes, com uma trama sem grandes pretensões, de humor leve e até moral da história bem desenvolvida, esse pode ser o reinicio de franquia que a Sony tanto procurava e se recusava a enxergar.


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