O Poderoso Chefinho - Critica



            A dificuldade das crianças de aceitarem um novo integrante na família, não é tarefa fácil, e Hollywood já visitou esse nicho algumas vezes, e com um certo sucesso, agora a parceria Fox/DreamWorks, trazem ao cinema O Poderoso Chefinho, uma batalha épico, imaginativa e cheia de aventuras sobre a luta dos bebes para vencerem os filhotinhos, ouvir a voz de Alec Baldwin sair da boca de um bebe fofinho não foi tarefa das mais fáceis.
            O filme começa nos apresentando a vida perfeita de Tim (Miles Bakshi) que celebra a alegria de ser filho único, e ter os pais só para ele, ele inventa as mais incríveis aventuras, ouve seus pais (Vozes de Lisa Kudrow e Jimmy Kimmel) tocarem as suas músicas preferidas, espera ansiosamente pela hora de seus pais contarem história antes de dormir, mas toda essa paz, perfeição e mordomia acaba quando um bebê (Alec Baldwin) de terno chega e muda tudo, virando a vida dele de pernas para os ares, a figura fofa do bebê é muito bem criado um pequeno executivo de terno e maleta. A partir daquele momento Tim sabe que precisa se preparar, pois aquele bebê é uma ameaça a sua família de três, é interessante acompanhar como funciona a imaginação infantil de uma criança de sete anos, em que sua realidade se mistura a todo momento a sua imaginação. A sala de estar por exemplo com que em um toque de mágica se transforma em um parque de dinossauros, ou o local para a partida de um foguete espacial, Tim conversa com seu despertador um mago e vê naquele objeto seu melhor amigo e confidente.
            O Poderoso Chefinho consegue transformar de forma interessante a realidade do menino Tim, o diretor Tom McGrath utiliza-se da perspectiva do garoto para criar um universo lúdico, totalmente imaginativo,  tudo que se passa na produção é tratado como se fosse real, mesmo que surjam coisas mais absurdas, gerando em seu espectador até um certo censo de curiosidade e dúvida se o que está assistindo é verdade o parte de uma das aventuras criadas pela imaginação de Tim, aos poucos o filme vai dando pistas sobre o que se trata, como se em um momento ou outro apontasse para essa grande tela em branco que é a imaginação de menino, o que vê é o poder da imaginação transbordar na tela, deixando a criança criar o que quiser para se divertir.
            Esse mundo imaginário com que o filme trata as situações da trama se tornam bastante surpreendentes e divertidas, como por exemplo quando Tim se fantasia de ninja para espionar seu novo irmãozinho utilizando objetos caseiros, mas em sua imaginação ele pensa ter saído de um filme do Jack Chan, com uma inteligente brincadeira entre luzes e sombras, fazendo com que aquele momento pareça ter realmente saído de um filme de ninja. Outro ponto alto do filme é a cena que o bebê executivo convoca uma reunião com todos os bebês do bairro, em um momento hilário pela situação por um todo, os pequenos de fralda, munidos de suas mamadeiras, discutindo negócios do seu jeito, inclusive pedindo aumento salarial no caso aqui ganhar mais pirulitos.

            Boss Baby ou O Poderoso Chefinho é um filme sobre imaginação e sobre gostar de imaginar, carrega sua narrativa de uma maneira inconstante, com uma série de pequenos problemas, com um mundo imaginativo aventuresco cheio de energia e diversão é um grande acerto, peca ao não equilibrar na dose certa o envolvimento emocional de seus personagens e suas histórias, com um elenco de dubladores excelentes, engraçados, e engajados, o filme entre aquilo que oferecia, diversão colorida, e deixar a sensação de fofura na sua cabeça após o fim do longa.


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