O poder de Deus, e suas palavras que saram, dar força, inspiram a lutar, a continuar, perseverar, na nossa vida, a busca pela força interna palavra do senhor, a luta daqueles que não encontram mais conforto nela, e a emoção de quem redescobre o poder da fé, Hollywood já conseguiu inúmeros sucessos de bilheteria e critica com filmes abordando essa temática, agora chega aos cinemas nacionais A Cabana, produção baseado na obra literária de mesmo nome escrita por William P. Young, que se tornou um best-seller com sucesso estrondoso, nós assistimos e te contamos nossa opinião.
O filme nos apresenta os protagonistas da história Mack (Sam Worthington) um carpinteiro devoto a Deus e a sua família, decide um dia levar sua filha caçula Missy (Amélie Eve) e sua esposa Nan (Radha Mitchell) para acampar em um bosque, mas durante o tempo que estão se divertindo e conhecendo o local a menina desaparece deixando um ar de suspense no que poderia ter acontecido, não demora muito e eles recebem a notícia de que a menina foi morta, isso gera em Mack um pai amoroso uma sensação de absoluto desespero por ter o sentimento de ter sido capaz de proteger sua menininha. Depois de passado um tempo chega em sua caixa de correio uma carta misteriosa, convidando-o para que revisite o local onde a polícia achou os vestígios de sua filha, a raiva, o ódio, o desejo de vingança do homem que causou toda a dor que ele vem sentindo tomam conta dele, que não encontra mais nas palavras que um dia o acalentavam paz, e decide aceitar o chamado de voltar “A Cabana”.
Ao chegar nesse local que o relembra o quanto dói a falta de sua filha, ele tem uma sensação da manifestação divina, Deus aqui se apresenta no corpo de uma mulher, negra (Octavia Spencer) e de olhar sereno, uma pessoa que não somente na sua fala mais em cada gesto transmite paz, ao decidir abordar a intervenção do senhor na vida de uma pessoa de maneira não-ortodoxa, o livro de maneira inteligente soube falar a língua do novo público que clama por diversidade. No entanto é uma pensa que por mais bonito que seja esse conceito de Deus que a obra propõe, ele é inserido em um contexto que mina totalmente suas chances de provocar no espectador reflexões mais profundas, com uma narrativa cheias de clichês, e breguices em todo o seu esplendor estético, com sequencias e sequencias de cenas com sermões repetitivos em uma direção cinematográfica sem sentimento e emoção verdadeiro
A direção do filme é do diretor Stuart Hazeldine, que conseguiria fazer aquilo com o livro em sua essência consegue, com palavras claras e verdadeiras, mas o diretor ao tentar forçar o espectador o tempo todo a se emocionar, perde força na cena por pesar a mão no apelo dramático, com uma trilha sonora recheado de melodias tristes e deprimentes, implica no processo inverso e faz o espectador ficar desconfortável ao filme, existe uma irritante e exacerbada vontade de fazer chorar, sem passar em momento algum ao longo de toda a sua duração a vontade de sentir o que está sendo transmitido na tela.
A Cabana é um filme que tenta se utilizar de uma premissa sempre interessante, mas não o fácil por preguiça de seus realizadores, com roteiro fraco, diálogos entediantes, e atores atuando abaixo do esperando para o elenco escalado, repleto de sentimentalismo vazio, e direção desinteressada. É uma pena um filme que poderia ser interessante não ir além da formula básica por pura falta de coragem de sua produção, falar de fé e do poder dele sempre gerou assunto no dia seguinte, e bons resultados na bilheteria quando utilizado de forma interessante e inventiva, e aqui infelizmente não é o caso.
“Deus não precisa castigar as pessoas pelos pecados. O pecado já é o próprio castigo, devora as pessoas por dentro. O objetivo de Deus não é castigar, Sua Alegria é curar. ” William P. Young, A Cabana (2007)
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