Crashing - Crítica


             Crashing é uma das novidades da HBO para este início de ano, uma comédia criada por Judd Apatow, o mesmo de Girls, mas aqui ele nem busca trazer a invenção do fogo, não tem muita originalidade, e nem é isso o que ele busca, mas consegue ser bem divertida, mas corre o risco com um personagem de características pouco criveis, muito bonzinho, tapado, e lento, sem ambições de mais nada, além de uma chance de contar suas piadas.
            A trama gira em torno de Pete (Pete Holmes) um comediante que tenta se tornar alguém na cena de stand-up de Nova York, mas após alguns acontecimentos de sua vida é forçado a reavaliar suas escolhas e com isso decide se mudar dos subúrbios para ficar mais próximo da comédia na cidade da grande maçã, e quem sabe com isso conseguir se tornar um sucesso dos palcos de humor ao vivo.

            A produção decide por uma trama baseado em um estilo comédia de erros, e acaba caindo no terreno de comparação com a aclamada Louie, mas enquanto a série produzida, dirigida e estrelada por Louis C.K. conta a vida de um comediante já estabelecido, Crashing pretende mostrar o quando difícil é o processo de muitos sonhadores tem de se tornarem um comediante respeitado no ramo.
            Como falado anteriormente o problema começa com a ingenuidade do protagonista, que exige de cara que o espectador compra a história e acredita que esse homem tão ingênuo, azarado e estupido exista, embora para muitos esse será o grande forte da atração, todos os atores estão com interpretações exageradas, um nível acima d normal, fazendo caricaturas de si mesmos.
            Crashing não é uma série de doer a barriga de tanto rir, mas tem alguns bons momentos, com toda a certeza a sensação de já vi isso em algum lugar estará lá, mas a com personagens rasos, e a necessidade de descrença do espectador, a série não é a melhor produção do talentoso e engraçado Judd Apatow, mas cumpre a missão no final de fazer rir.


Comentários