Os filmes dos x-mens pertencentes a Marvel Comics, diferentemente dos Vingadores que tem seus filmes produzidos pela Marvel em parceria de sucesso com a Disney, os filmes dos alunos do Professor Xavier são produzidos pelos estúdios Fox, e nunca tiveram real aclamação dos críticos, mas conseguiram fazer uma quantia considerável de dinheiro nas bilheterias, agora o estúdio resolve desenvolver a franquia para além da grande tela, trazendo uma produção diferente, colorida, baseado na criatividade dos meninos detalhes.
A produção nos apresenta David Haller interpretado pelo excelente Dan Stevens, um mutante que desconhece seus poderes, e é considerado esquizofrênico, internado em um hospital psiquiátrico e é constantemente dopado, nessa instituição psiquiátrica ele conhece Syd Barrett vivida pela incrível Rachel Keller, uma paciente que aparentemente não gosta de ser tocada em hipótese alguma, logo no minuto em que os dois personagens mantem contato eles se aproximam, e acabam nutrindo uma espécie de namoro sem contato físico, detalhe a uma fita que os dois seguram como estivessem andando de mãos dadas, mas as vidas do casal muda quando Syd recebe alta do hospital.
Noah hawley, diretor, roteirista e produtos da aclamada Fargo, consegue aqui utilizar o personagem famosos dos quadrinhos, por ser filho do de Charles Xavier, mas mostra que não conhecer a origem de seu protagonista, não é um problema, o primeiro capitulo vai com calma e nos dá um panorama completo do que precisamos entender para sermos conquistados pela série, que consegue com muita facilidade, prender a atenção do espectador, pela quantidade de informação, e pela diferença da produção do canal americano FX, em comparação com as outros produções do mesmo gênero.
O roteiro intrigante da produção, desperta curiosidade constante, e crescente ao longo do episódio, o protagonista nos coloca em sua vida onde a curiosidade de saber o que é real e o que não é, o que realmente está acontecendo e quando está acontecendo, cenas como a de uma sessão de terapia de Haller de sua irmã o visitando são incrivelmente bem boladas por não conseguir deixar claro ao espectador, quem realmente está na sala de visitação.
Com uma trilha sonora viciante, e que é utilizada para envolver ainda mais o telespectador nessa louca viagem a mente de Haller, com Rolling Stones, The Who, é uma dadiva aos vividos, e um acalanto aos ouvidos viciados em músicas sem sentido. A sensação é libertadora para nós, por ouvir bandas que foram famosas por quebrar paradigmas, e barreiras, essa sensação de liberdade caminha junto com a jornada de libertação do personagem ao descobrir até onde vão os seus poderes.
Com um episódio de estreia espetacular em todos os sentidos , com um ritmo alucinante e alucinógeno ao mesmo tempo, consegue colocar o sombrio e realista sem pesar a mão, e consegue beirar o suspense com algumas alucinações que aparecem na cena e somem dela na mesma velocidade que chega a impressionar, é preciso ressaltar que Legion não é somente uma série sobre mutantes, é também sobre mutantes, mas também sobre angustias do passado, conhecimento pessoal, e estudo da relação humana, é sobre aceitarmos quem somos, ser felizes com quem somos, é um drama mergulhado no psicológico com pitadas de cenas de ação.
Por fim deixa de lado tudo o que sabe sobre filmes de X-Men, em alguns momentos deixe de lado tudo o que sabe sobre séries, abre a mente, deixe as informações serem assimiladas, é produção diferente, não é para qualquer um, mas quem assiste e aceita a loucura instaurada por Legion, se envolve e torce para que os próximos episódios cheguem o mais rápido possível, para que você possa entrar ainda mais nessa mente maluca e convidativa.
Comentários
Postar um comentário