Baseado no livro homônimo de 1014 escrito por Liane Moriart, Big Little Lies chega a rede HBO com a difícil missão de manter o nível das produções do canal lá em cima, vide suas antecessoras Familia Soprano, The Night Of, Behind The Candelabra e as mais recentes Game of Thrones e Westworld, toda essa responsabilidade cai sobre os ombros dessa equipe, que utiliza na mistura de mistério e inveja sua essência.
A impressão que fica após assistir o primeiro capítulo da minissérie, são muito diferentes, mas funciona de forma concisa e na medida certa, aos fãs de series como Pretty Little Liers, Gossip Girl, e filmes como Meninas Malvadas é um prato cheio, mas engana-se quem pensa que a produção fica na ameaça, o jogo aqui é em um tabuleiro com profissionais do jogo, as intrigues e os joguetes orquestrados pelas protagonistas são muito mais perigosos, com consequências muito mais severas.
Temos aqui um trio de ferro nos papeis principais, Madeline Martha Mackenzie (Reese Whiterspoon), Celeste Wright (Nicole Kidman) e Jane Chapman (Shailene Woodley), cujas as atrizes entregam com excelência suas personagens, e verdade seja dita, não é possível pelo menos a partir desse primeiro episódio, levantar alguma critica em relação a intepretação de seu elenco principal que ainda conta com Laura Dern como Renata Klein, nos primeiros instantes da produção somos jogados dentro das intrigas familiares das protagonistas, dos dramas escolares de seus filhos, e somos bombardeados de flashbacks, que possuem aqui função importante de nos avisar que alguém morreu em um determinado momento, mas não se sabe quem, nem como, nem quem cometeu o crime, se formar parar para fazer qualquer tipo de relação, ela se aproxima muito do clima de How To Get Away With Murdere em versão família de socialites.
A direção de todos os sete episódios é de Jean-Marc Vallé diretor do excelente Clube de Compras Dallas, que nos apresenta uma estonteante fotografia, e nos proporciona uma ênfase nos sentimentos dos personagens, ele dá importância que nos afeiçoemos as pessoas que são apresentas na tela, observa-los perdidos em seus pensamentos mais mundanos, à maneira com que o diretor coloca nos faz quase entrar na mente dos personagens que estão em destaque, o que torna o produto muito mais intrigante e instigante quando não sabemos, de fato o que realmente está acontecendo na vida desses personagens.
Big Little Lies faz uma estreia consistente, deixa curiosidade em saber o que virá pela frente, na vida dessas mulheres tão competitivas, e invejosas, mas ao mesmo tempo tão humanas, tem em seu trio de protagonistas interpretações de arrepiar, principalmente Reese Whiterspoon que a cada minuto parece se tornar mais um Tony Soprana da cidade, e vemos o quanto ela controla as pessoas em sua volta. Considerando que o livro no qual a minissérie é baseada, foi um sucesso de vendas podemos criar a melhor das expectativas para o desenrolar dos próximos episódios, restando saber apenas se a adaptação irá conseguir superar o nível do primeiro capitulo, fazendo todo o suspense criado valer a pena, controlar o mistério e desenvolve-lo de forma prazerosa é difícil, e muito fácil de deixar cair na mesmice ou no já visto, mas confiemos em Jean-Marc e seu poder de controlar a história para manter o nível de produções da HBO nas alturas.
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