Desventuras em Série - Critica


Se você está procurando uma série colorida com final onde todos vivem juntos em harmonia e felizes para sempre, desventuras em série não é a serie para vocês diz Patrick Warburton que faz Lemony Snicket, o narrador da série uma das boas invenções que o texto de Daniel Handler nos traz, ele não somente narra a história como nos introduz novas informações, e explicações para aquelas que não foram bem desenhadas na série.
A trama acompanha a vida das crianças Baudelaire e parte do momento em que Violet (Malina Weissman), Klaus (Louis Hynes) e Sunny (Presley Smith) decidem ir à praia em um dia cinzento e de mar negro, elogio a parte a cinematografia da série é muito bem estudada para te colocar no universo de imaginação criado por Handler, na praia as crianças recebem a notícia de Mr. Poe vivido por K. Todd Freeman por sinal momentos hilários do personagem que tem uma tosse constante e uma voz muito engraçada, ele é o escolhida pra levar a terrível informação da morte dos pais das crianças em incêndio na mansão onde viviam, e que a partir daquele momento elas teriam que morar com o parente mais próximo, então nós é apresentado o ótimo Conde Olaf vivido aqui por Neil Patrick Harris, que consegue dar uma boa interpretação ao personagem, mas em alguns episódios o ator não mantem o mesmo nível de atuação.
Apesar de uma temática interessante e um vilão muito bom, a série deixa a desejar em alguns episódios se percebe a boa e velha barriga para episódios que poderiam ser resolvidos em um episódio, como a trama da Tia Josephine vivida pela atriz Alfre Woodard que escolher trazer um tom acima da personagem, que beira o insuportável, a trama dá voltas em si mesma para desenvolver em noventa minutas algo que não tinha necessidade, os dois episódios são sonolentos e até mesmo a cena da casa caindo do penhasco não prende a sua atenção pelo mal aproveitamento dos personagens envolvidos na cena.
Deve ser destaco também os detalhes técnicos da produção, figurinos ricos em detalhes, extravagantes, cenários que são utilizados não apenas com adereço cênico, mas também para aproximar o espectador da trama, abertura divertida que se modifica a cada conclusão de história, ótima tentativa de desenvolver um livro em dois episódios, mas alguns livros não são tão bons e interessantes quanto os outros da franquia escrita por Handler, a fotografia é linda te coloca no mundo de paralelo interessante, em alguns momentos o uso excessivo de tela verde incomoda os olhos mas são compreensíveis, o roteiro tem alguns furos, nos primeiros episódios passa despercebido mas depois vão ficando muito evidentes, a direção é claramente pendendo para a estrela da festa Neil Patrick Harris que faz valer todo o esforço gasto nas suas cenas, mas que deveria estendido a toda a produção, as crianças não são bem utilizadas nessa primeira temporada seus talentos são pouco utilizados o que incomoda aos leitores dos livros, claramente dando mais destaque para o vilão a série perde em poder desenvolver seus reais protagonistas para futuras temporadas.

A Netflix nos traz uma série rica em detalhes, mas sua produção escolhe um tom mais abobalhado para uma produção que começa muito bem, prometendo desenvolver o Conde como vilão que ele realmente é nos livros, mas a escolha de transformá-lo em um vilão cartunesco nos episódios a seguir a serie perde impacto e interesse do espectador avido por sua trama, muitos dos telespectadores que compararem a série com o filme de 2004 talvez pendam mais para a trama do cinema que traz Jim Carrey e um elenco infantil muito melhor do que o da produção do canal de streaming, mas a série tem potencial com trama excelente e com um roteirista que entenda de televisão e um diretor diferente a produção consiga em sua segunda temporada ser melhor e mais Desaventurescacomo nos livros.


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