A franquia de filmes baseado em games tem mais um capítulo, prometendo ser aquele que conclui a maior sequência de filmes do gênero Residente Evil – Capitulo Final, chega aos cinemas, sem ser uma esperança de um bom filme, ou de uma trama bem amarrada com seu antecessores, chega com o desejo dos fãs da franquia em ser uma pedra no caixão de uma trama que já deveria ter encerrado a algum tempo, e esse capítulo final infelizmente não consegue fazer nem o mínimo, que seria encerrar sua trajetória de cabeça erguida.
Pois bem a produção desse filme está sob o cargo de Paul W.S. Anderson, que como todos os outros filmes da franquia dirige e roteiriza, com a promessa de fechar a saga da heroína Alice (Milla Jovovich) de vez. Mas ao invés disso vemos logo de cara na tela algo que não tem nada a ver com seus antecessores, coisa “comum”, pois no seu antecessor Alice faz uma aliança com o vilão Wesker (Shawn Roberts) e se une a outros personagens famosos da série de terror Ada Wong, Leon S Kennedy e Jill Valentine em um tipo de resistência final contra o computador Rainha Vermelha e os monstros criados pelo T-Vírus.
Aqui Leon, Jill e Ada não aparecem talvez porque leram o roteiro e viram o que seria feito a seguir? Não sabemos. Alice foi traída por Wesker nada disso é explicado, sem poderes ela tenta sobreviver no apocalíptico mundo infestado por criaturas perigosas, quando a Rainha Vermelha (Ever Anderson, a filha de Jovovich e Anderson) faz contato, com a proposta de livrar o mundo do vírus de vez através de um antivírus transmitido pelo ar, sim pelo ar. Para isso a protagonista terá de voltar a colmeia, base central da Corporação Umbrella e cenário do primeiro filme, tendo pela frente Wesker e pelo chefe, Dr. Isaacs (Ian Glen, de “Game of Thrones”).
Lendo isso o espectador mais fanático pela franquia de filmes, poderia imaginar que seria um festival de fan servisse, com inúmeras referências aos filmes anteriores, e que conseguira concluir a jornada de uma maneira fantástica, simples, mas satisfatória para os fãs, alguns trechos dos filmes são exibidos durante a narrativa, mas nada encaixa realmente com os fatos antes estabelecidos. Se fosse listar as contradições e incongruências do filme em relação aos seus antecessores, essa crítica teria ser dividida em capítulos, basta simplificar para vocês que a origem da protagonista e do causador do mundo apocalíptico o T-Virus apresentada nesse filme contradiz tudo o que havia sido estabelecido anteriormente pela franquia, o que não serie um problema, se o filme não nos lembrasse constantemente disso ao mostrar flashbacks da fita original, e até referencias visuais nas cenas de ação do terceiro ato.
Anderson se sai um pouco melhor comandando as cenas de ação do que como escritor. As megalomaníacas setpieces funcionam até que bem, apesar de serem tão exageradas que mais fazem rir do que criar suspense ou impressionar, e o design das criaturas e dos sets são razoavelmente decentes (embora os tanques com iscas para zumbis não sejam lá muito práticos) Até mesmo pelo público já ter investido quase quinze anos acompanhando as desventuras de Alice, existe sim algum retorno emocional em ver a jornada da personagem chegando a um fim. Por mais idiota e pouco conclusivo que este seja.
Residente Evil – Capitulo Final, tem um roteiro desconexo para uma conclusão de franquia, efeitos especiais ruins para um filme de gênero, personagens mal construídos, e mal interpretados, não consegue prender o espectador na trama por mais de quinze minutos consecutivos, durante a seção me peguei algumas vezes pensando em outras coisas, mas é um final para uma franquia, que sim tem muitos fãs e os respeito, mas como filme esse não é, e nem chega perto de ser a conclusão que os fãs esperavam.
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