O filme mais caro de toda a historia
da indústria de cinema francesa, Valerian E A Cidade Dos Mil Planetas, dirigido
por Luc Besson com um arrojado plano de investimento que foca no mercado chinês
atual queridinho dos empresários de Hollywood, apesar das imagens estonteantes,
momentos de imersão ao 3D de tirar o folego, Valerian é um filme que se gasta
por si só ao longo de sua projeção, o lado bom é perceber que não apenas dos
Estados Unidos vem boa produção de cinema com técnica de primeiro mundo.
O filme conta a historia de uma dupla
de oficias intergaláctico que devem recuperar um artefato que pertencia a um
planeta perdido, porem ao longo da investigação os dois acabam percebendo
estarem em uma conspiração muito maior do que eles poderiam imaginar. O longo
então acompanha as aventuras de Valerian (Dane Dehaan) e Laureline (Cara
Delavigne), personagens principais do longo que dividem o peso de carregar a
trama nas costas, infelizmente sem carisma algum.
A produção faz questão de mostrar o
quando grandiosa é, essa sua tentativa de ser um blockbuster impressiona pelo
esforço técnico e inventivo do diretor, desde a escolha por jovens atores com
bom apelo popular principalmente ligados aos jovem (DeHaan fez O Espetacular Homem-Aranha
e Cara fez parte do elenco de Esquadrão Suicida), boa utilização dos efeitos
visuais, a fantasia e desenvolvimento de mundo e principalmente a sua
grandiosidade, essa vontade de ser grande e encher a tela de movimento pauta o
longa e faz com que coisas bastantes importantes na narrativa do longo percam importância
pela quantidade de coisas inseridas em tela.
O roteiro do longa é do próprio diretor
Luc Besson, que nessa produção traz uma narrativa com muita dificuldade de ser
intendida e pouca concisa, uma obra sem foca algum nos seus arcos de historia,
perdendo assim a chance de se concentrar no que realmente deseja dizer e
transmitir ao espectador final, é como se o longa perdesse a noção do material
base que esteja utilizando, querendo lançar tudo de uma vez só nesse longo
inicial, Besson faz seus protagonistas irem e virem de inúmeros mundos,
encontrando nesses diversos planetas uma diversidade impressionante de
criaturas, criando uma quantidade incontável de mini-plots que perdem a graça
ou interesse do publico ao longo das mais de duas horas de projeção.
O visual interessante da historia em
quadrinhos original deve ser lembrado, pois influenciou até mesmo o maior clássico
de todos Star Wars, assim como tudo que é arrojado e surpreendente logo é
lançado em tela, ligando ao gênero a partir de formulas genéricas. O filme mais
parece uma série de imagens em novas em sequencias já reproduzidas por muitos e
muitos filmes, o diretor não consegue trazer nenhum frescor que o matérias base
tinha a anos atrás, o cineasta faz um filme de efeitos especiais que nunca
consegue criar um mundo sem que isso pareça uma colcha de retalhos sem pé nem
cabeça.
Valerian E A Cidade Dos Mil Planetas
é um filme de narrativa confusa, a partir de um visual que não consegue ser
surpreendente e interessante, com atuações forças e pouco carismáticas, um
casal de protagonistas que parece estar ali apenas para nos conduzir em um
grande universo pouco intendido pelo seu desenvolvedor, a produção não consegue
unificas os tantos fatores necessários para o sucesso de um filme, como se
todos os aspectos fossem peças de um quebra cabeça que nunca formará uma única imagem,
que fique claro as vezes muito dinheiro não é a resposta para se ter um bom
filme de sucesso.




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